Maputo, 10 Jun (AIM) – O Presidente do Município de Maputo, Rasaque Manhique, insta os agentes de Estado e funcionários municipais a combater, com maior vigor, a corrupção e promover a integridade em todas as esferas da sociedade.
Manhique deixou a recomendação hoje, em Maputo, durante o Seminário Nacional de Indução a Gestores Municipais em Matéria de Prevenção e Combate à Corrupção e Branqueamento de Capitais.
O edil diz que o tema é abordado de uma forma contínua, mas de forma superficial, por isso urge imprimir uma maior dinâmica no combate à este mal que enferma a sociedade moçambicana.
“No contexto da corrupção é preciso que tenhamos a coragem de dar um passo à frente, não devemos ser tidos ou ser conhecidos como corruptos pois mancha a nossa instituição e a nós próprios”, disse.
“O ser íntegro e o ser corrupto, por vezes é uma questão de opção, e entendemos que muitas vezes dizemos que só falamos de combate a corrupção, mas parece que não é assim que devemos tratar o assunto porque enquanto dissermos combate à corrupção, vamos nos esconder nela, então penso que devemos começar a partir para a acção que deve ser o combate ao corrupto”, acrescentou.
Explicou que a corrupção retrai a construção ou melhoria de infra-estruturas públicas, por isso convida a toda a sociedade a reflectir sobre este mal.
“Praticar ou promover a corrupção significa dizer que não devemos construir escolas, que as nossas estradas não devem andar e permanecer sempre degradadas, que os hospitais não devem servir ao cidadão”, disse Manhique.
Advertiu que a prática da corrupção averba um não a tudo aquilo que os moçambicanos fizerem para estimular o desenvolvimento do país.
Assim sendo, disse o autarca à sua audiência, “cabe a todos e a cada um de nós enquanto dirigentes, funcionários e agentes, fazermos uma introspecção sobre que país queremos”.
Frisou que todos os funcionários que para tramitarem algum processo se envolvem em actos de corrupção, não merecem trabalhar para o aparelho do Estado.
Segundo Manhique, muitas vezes quando um cidadão quer tratar um documento de uma determinada instituição é lhe dito que para que o documento saia rapidamente é preciso molhar as mãos (corromper).
“Ora, se você tem mão suja e precisa de ser lavada, não pode trabalhar no Estado”, sentenciou.
Na ocasião, também abordou a questão da construção civil, destacando a necessidade de uma avaliação criteriosa antes da aprovação de projectos.
Manhique ressaltou que não se deve permitir a construção de qualquer edifício cidade de Maputo, sobretudo as que envolvem edifícios altos.
Alertou para a burocracia excessiva que pode prejudicar investimentos, mas também chamou a atenção para a importância de regulamentos que garantam o desenvolvimento urbano sustentável e seguro.
(AIM)
CC/sg