Nova Escola Primária de Matsinho, distrito de Vanduzi, na província de Manica. Foto arquivo
Maputo, 18 Jun (AIM) – O Conselho Executivo do Niassa diz estar preocupado com a fraca qualidade de algumas obras públicas erguidas naquela província do norte de Moçambique.
A preocupação foi expressa a Rádio Moçambique, emissora nacional, pelo porta-voz do Conselho Executivo do Niassa, Ramos Mboane, afirmando que os sectores da educação e saúde são os que mais registam obras cuja qualidade deixa muito a desejar.
Para minimizar a situação, todos os sectores foram orientados a fazerem uma planificação e execução conjunta com o sector das Obras Públicas.
Ramos Mboane disse haver necessidade de se fazer construções resilientes à ocorrência de fenómenos naturais.
“Primeiro, salvaguardar que as obras não são executadas em locais de risco e, acima de tudo, garantir que respeitem os parâmetros de resiliência. Isso porque temos a situação de uma escola que depois a sua entrega para uso da comunidade quando há intempéries perde o tecto”, disse o porta-voz.
Explicou que o mesmo tem acontecido a nível das unidades sanitárias. Por isso, a orientação foi no sentido de estes sectores fazerem uso deste conhecimento técnico das Obras Públicas para que tenham esta capacidade de avaliar primeiro os projectos e garantir que os mesmos são executados respeitando aquilo que são as exigências padrão para que a infra-estrutura possa resistir a qualquer situação de intempéries que ocorram à nível das comunidades.
A fonte afirmou que com a construção de infra-estruturas públicas e privadas sem a devida qualidade e em locais propensos à ocorrência de fenómenos naturais prejudica o Estado.
“Mas, acima de tudo, chamar atenção as construções privadas que também têm acontecido em locais inadequados para que a comunidade tenha informação e saber respeitar aquilo que são as posturas ou as normas que existem no país sobre a construção em locais seguros”, avançou.
Frisou que depois é o próprio Governo, é o próprio Estado que tem que suportar as despesas quando as comunidades perdem as suas casas, suas infra-estruturas devido a ocorrência desses eventos naturais.
(AIM)
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