
Trabalhos de reabilitação de estradas. Foto arquivo
Nampula (Moçambique), 03 Jul (AIM) – A rede viária da província de Nampula, com uma extensão de 6.305 quilómetros, está num elevado estado de degradação e, neste memento, apresenta mais de 50 por cento em condições de transitabilidade má e muito má.
Nesta província dos 6.305 quilómetros, 4.013 são estradas classificadas, 987 primárias, 166 secundárias, 1.925 terciárias, 935 vicinais e as não classificadas perfazem um total de total de 2.292 quilómetros.
O delegado da Administração Nacional de Estradas, (ANE), Mateus Espírito Santos, partilhou estes dados no recém-terminado, encontro de coordenação do governo da província de Nampula.
Explicou que a degradação progressiva, sobretudo das estradas não revestidas, deve-se a falta de trabalhos de manutenção desde o ano de 2020 por exiguidade de fundos, exacerbado pelas fortes chuvas durante e estacão húmida.
É neste panorama que a ANE, segundo o seu delegado, orienta as suas intervenções com propostas que têm em vista melhorar a transitabilidade.
“As estradas mais degradadas são as terraplenadas e mesmo as actividades de manutenção de rotina não têm surtido os efeitos desejados. Do total da rede da província 948,65 quilómetros são estradas revestidas e 5.356,35 não revestidas, o que pressupõe altos níveis de vulnerabilidade face às intempéries”.
Para concretizar os planos em perspectiva a ANE incluiu na sua proposta a recuperação dos equipamentos de manutenção, já existentes, nos distritos e criar as brigadas de manutenção de estradas, para proceder intervenções nas vias rurais sob sua alçada para permitir o escoamento dos produtos agrícolas e pesqueiros para os mercados de consumo.
Outras medidas incluem “interditar a circulação de camiões pesados nas estradas terraplanadas enquanto estiver a chover e potenciar o sector de estradas com básculas fixas e móveis para controlo de cargas para preservação do património rodoviário”.
Entretanto, está em curso o Programa Integrado de Desenvolvimento de Estradas Rurais, (IFRDP), financiado pelo Banco Mundial e o governo moçambicano, que consiste na reabilitação e manutenção de rotina de 51 troços, numa extensão total de 660 quilómetros.
O delegado da ANE informou que o programa está orçado em 2,3 mil milhões de meticais (cerca de 36 milhões de dólares) abrangendo cinco distritos, nomeadamente: Eráti, Memba, Monapo, Mossuril e Mogincual.
“O projecto teve início em Setembro de 2020, com a duração de 42 meses sendo 18 para reabilitação das estradas e 24 para a manutenção de rotina das mesmas. A primeira fase, que é da reabilitação, está quase concluída, dos 11 pacotes, oito foram recebidos provisoriamente e estão em curso as actividades de manutenção de rotina”.
(AIM)
RI/sg