
Estrada com portagem
Maputo, 04 Julho (AIM) – A Trans African Concession (TRAC-Mocambique) afirma que o arranque das obras de alargamento, reabilitação, manutenção, modernização de algumas secções ao longo do corredor de desenvolvimento de Maputo, está condicionado renovação do contrato de concessão que expira a 28 de Fevereiro de 2028.
Trata-se da concessão resultante do processo de licitação, adjudicada a TRAC, através da ANE e a SARNAL, ambas instituições representantes dos Estados de Moçambique e África do Sul, na altura liderados por Joaquim Chissano e Nelson Mandela,
A concessionária do corredor de desenvolvimento de Maputo tem obras por realizar no troço Moamba-Fronteira Ressano Garcia, Matola Rio (zona urbana, construção de estradas de serviço, colocação de novas camadas de asfalto, faixas de rodagem entre outras acções visando modernizar as artérias .
Segundo o Director da TRAC-Moçambique, Fenias Mazive, a concessão obedeceu o modelo BOT, (Build Operate and Transfer) que permite a TRAC promover projectos, financiar e fazer a gestão. Findo o contrato, deve transferir a infra-estrutura ao governo moçambicano através da ANE.
O projecto, lançado em 1997, foi orçado em três biliões de randes e visa entre vários objectivos estimular o desenvolvimento económico entre províncias do interior da África do Sul (Gauteng, Limpopo, Mpumalanga) e Moçambique com a exportação através do porto de Maputo.
Faltam por reabilitar 41,2 quilómetros de estradas, concluídas as obras das portagens em 2024 de Moamba e Maputo.
“Os governos sul-africano e de Moçambique acordaram o acréscimo de 100 quilómetros a concessão existente (na África do Sul, passando de Maputo-Witbank que são 415 quilómetros, há uma secção Nelspruit-Machadodorp que tem duas alternativas e perfazem 500 quilómetros mais 100 quilómetros entre Witbank e Pretoria”, disse Mazive.
Acrescentou que as portagens moçambicanas de Moamba e Maputo, estão a contribuir com 18% das receitas. Estima-se que 64% da receita provêm de viaturas pesadas.
Revelou que na portagem da Moamba, aumentou o tráfego, ao registar 79 camiões por dia em 2002 contra 2.685 camiões diários actualmente .
A portagem de Maputo, registou igualmente progressos, pois regista neste momento 2.297 camiões diários contra 89 diários em 2002.
Sobre o porto de Maputo, a fonte referiu que os resultados do MPDC indicam o manuseio anual de um volume recorde de mercadorias de 31,2 milhões de toneladas em 2023.
Neste momento, o porto de Maputo especializa-se em minérios e minerais, com 25 milhões de toneladas que são compostas por minérios, incluindo crómio, ferro crómio magnetite e carvão mineral.
Mazive diz que a distribuir equilibrada dos modos de transporte contribuíram para o sucesso, pelo facto de actualmente 61% do volume vem por rodovia enquanto 39% usa linha férrea.
Informou ainda que na Secção 16, a Fronteira de Ressano Garcia no troço da Moamba, com mais de 41 quilómetros, possui um tráfego diário de 5.470 veículos dos quais 2.900 são viaturas pesadas, representando 11.260 Unidades equivalentes de veículos por dia.
Enquanto isso, Secção 17, no troço Moamba -Tchumene com uma extensão de 24 quilómetros, carrega em média 11.409 veículos por dia, destes cerca de 4.068 são camiões pesados, que correspondem a 19.545 Unidades Equivalentes de veículos por dia.
Neste local não tem faixa de ultrapassagem e a TRAC pretende adicionar cerca de 16 quilómetros de novas faixas entre outros.
(AIM)
MR/sg