
Presidente da Assembleia da República, Esperança Bias, recebe em audiência Presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, para uma visita de cortesia
Maputo, 05 Jul (AIM) – A presidente da Assembleia da República de Moçambique (AR), Esperança Bias, afirma ser necessário fortalecer e aprimorar a cooperação parlamentar com o Timor-Leste, como forma de cimentar os laços de amizade entre os povos.
Bias revelou que, em Julho corrente, Moçambique vai acolher a reunião da Assembleia Parlamentar da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (AP-CPLP), que constitui uma oportunidade ímpar para estreitar as relações entre os países membros, sobretudo com o Timor-Leste.
Bias falava hoje, em Maputo, à imprensa, minutos após um encontro de cortesia com o Presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, que hoje, iniciou uma visita de Estado de três dias ao país a convite do seu homólogo, Filipe Nyusi.
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“Transmitimos o nosso interesse de fortalecermos cada vez mais as relações de amizade e cooperação entre os dois países, através dos parlamentos”, afirmou Bias.
A vinda da presidente do parlamento nacional do Timor-Leste a Maputo, na reunião da AP-CPLP, vai servir de, segundo Bias, “uma oportunidade para fortalecermos os nossos laços de amizade”.
Falando sobre o encontro de cortesia com Ramos Horta, Bias disse que o estadista timorense reconheceu o apoio prestado por Moçambique que, em Maio de 2002, pôs fim à ocupação da Indonésia.
“Foi um momento bastante bom em que temos um presidente de um país que Moçambique ajudou a libertar-se a visitar a Casa do Povo”, disse.
Ramos Horta partilha o mesmo sentimento da presidente da Assembleia da Assembleia da República, afirmando que ainda há muito espaço para melhorar a cooperação.
Disse ainda que a troca de experiências entre os governos moçambicano e timorense tem sido uma prática de longos anos.
Embora Moçambique e outros Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) alcançaram a independência há décadas, “ainda enfrentamos desafios semelhantes na construção do Estado, na consolidação da paz e do desenvolvimento sustentável das nossas economias”.
Ramos Horta também manifestou a sua satisfação por ter recebido hoje a “Chave da Cidade de Maputo”, a maior distinção do Conselho Municipal de Maputo.
“Vim aqui na Assembleia Nacional [da República] de Moçambique para agradecer à cidade de Maputo toda a solidariedade demonstrada, manifestada, concretizada pelo Estado moçambicano, povo moçambicano ao longo de muitas décadas de luta”.
Durante a ocupação da Indonésia, muitos timorenses encontraram asilo em Moçambique, facto que Ramos-Horta considera um inestimável apoio para aquele país asiático.
“Puderam estudar, e 24 anos após a luta, alguns deles ascenderam às funções de liderança em Timor-Leste, funções no nosso governo e no parlamento; e ficamos eternamente gratos à Moçambique porque ensinou-nos a palavra solidariedade”, disse o presidente do Timor-Leste.
(AIM)
Ac/sg