
Presidente da República, Filipe Nyusi, na cerimónia de inauguração da duplicação e aumento da Linha Férrea de Ressano Garcia
Maputo, 08 Jul (AIM) – O governo moçambicano está em conversações com as autoridades zimbabweanas para a extensão da linha férrea de Machipanda até ao Botswana. Actualmente, a linha liga o Zimbabwe ao Porto da Beira.
O projecto, uma iniciativa tripartida que envolve Moçambique, Botswana e Zimbabwe, inclui a construção um porto de águas profundas, liga por linha férrea os países referidos.
A informação foi revelada hoje, em Maputo, pelo Presidente da República, Filipe Nyusi durante a cerimónia de Inauguração da Duplicação e Aumento da Capacidade da Linha Férrea de Ressano Garcia e de Ampliação do Terminal Ferroviário de Passageiros da Estacão Central de Maputo.
“Sobre esta linha [Machipanda] estamos a trabalhar com os nossos irmãos da República do Zimbabwe para podermos ligar-nos ao Botswana”, disse Nyusi.
O estadista disse que vão decorrer nas próximas semanas, discussões relativas ao assunto com este país do hinterland.
“Ainda esta semana possivelmente vamos evoluir esta visão no sentido de lhes fazer entender”, apontou.
“Aliás, eles têm boa capacidade de equacionar às vantagens e desvantagens. O certo é que continuaremos a conversar esta semana com os colegas do Zimbabwe e Botswana”, acrescentou.
O estadista aponta também como uma de suas preocupações a reabilitação da Linha Dona Ana, que faz ligação a Malawi.
“Os nossos irmãos e colegas estão a busca de recursos para ver se conseguem fazer esta ligação [Dona Ana]”, apontou.
“A nossa meta, através da Empresa Pública Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, é aumentar a carga manuseada nas nossas Infra-estruturas de transporte”, sublinha.
Foi entregue em Novembro último, a linha reabilitada Beira-Machipanda, que liga a cidade portuária da Beira, capital da província central de Sofala, ao posto administrativo de Machipanda, que faz fronteira com o Zimbabwe uma linha com extensão total de 317 quilómetros.
A infra-estrutura foi entregue com o propósito de dinamizar a região da África Austral, incrementando o escoamento da carga pela linha de 600 mil toneladas para 3,5 milhões por ano.
(AIM)
CC/sg