
Chimoio (Moçambique) 11 Jul (AIM) – O Gabinete Provincial de Combate à Corrupção da província central de Manica, em Moçambique, registou 149 crimes no primeiro semestre do corrente ano.
Deste número, 68 foram esclarecidos e os restantes 81 ainda estão em fase de tramitação.
O sector da saúde e a Polícia da República de Moçambique (PRM) são os que registam um maior número de casos de corrupção.
O substituto do director do Gabinete Provincial de Combate a Corrupção, em Manica, Domingos Julai, diz que as cobranças ilícitas e abuso de cargo são os crimes que registam um maior número de casos na função pública.
“Recuperamos perto de 90 mil meticais (cerca de 1,400 dólares) em todos os crimes de corrupção e conexos. Mas também temos alguns processos a correr junto da instituição em que o valor é estimado em perto de três milhões de meticais (cerca de 47 mil dólares). Esse valor deverá ser recuperado nos próximos tempos”, referiu.
Julai falava esta quinta-feira (11), em Chimoio, nas cerimónias alusivas ao Dia Africano de Combate à Corrupção.
“Estes processos estão a seguir os seus trâmites legais e sempre que for oportuno havemos de partilhar os resultados dos trabalhos que estamos a fazer junto de algumas instituições públicas”, acrescentou o magistrado.
Afirmou que na sua instituição estão a ser tramitados dois processos-crime de branqueamento de capitais.
“Esses processos estão na fase de instrução. São crimes que não acontecem apenas no sector público ou privado. Atingem até pessoas singulares. As nuances destes crimes são diferentes da corrupção. São processos que requerem muita atenção por parte dos órgãos de administração de justiça”.
Apelou aos funcionários, e a população em geral, para participarem nas acções de combate à corrupção, um mal que mina o desenvolvimento do país.
“A denúncia continua a ser a principal estratégia para travarmos este mal. Cada um no seu local de trabalho, residência e em qualquer sector da sociedade onde estivemos inseridos devemos ser vigilantes”, disse.
(AIM)
Nestor Magado (NM) /sg