
(AIM) – O Ministro italiano do Ambiente e Segurança Energética (Mase) assinou recentemente uma convenção financeira de 50 milhões de euros com o Ministro das Finanças e Planeamento Económico de Kigali, Ruanda, para apoiar o governo ruandês na implementação do seu plano nacional para o clima.
Os recursos são colocados à disposição do Fundo Climático italiano, estabelecido no país e gerido pela Cassa Depositi e Prestiti (Fundo de Depósito e Empréstimo).
A iniciativa visa permitir que os países africanos preparem um conjunto de reformas políticas e institucionais, integrando os aspectos de mitigação e adaptação ao clima, bem como outras mudanças no órgão político e regulador.
“Estas reformas contribuem para alcançar os objetivos nacionais de redução das emissões de CO2. Trata-se de uma acção levada a cabo pela Itália, através do Fundo Climático para criar as melhores condições de crescimento no continente africano”, explicou o ministro do Meio Ambiente e Segurança Energética, Gilberto Pichetto, citado pela agência noticiosa italiana, AGI.
“Com o Ruanda, investimos no planeamento, precisamos de responder às grandes condições climáticas que atingem o território”, acrescentou.
O Fundo Climático Italiano para o Governo Italiano destina-se a financiar projetos públicos e privados em países emergentes e países em desenvolvimento que contribuam para a realização de objetivos climáticos e ambientais, de acordo com os compromissos internacionais daquele país europeu em questões climáticas.
A operação faz parte de uma parceria mais ampla que envolve, entre outros, o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial, o Banco Europeu de Investimento (BEI), as instituições europeias e certas instituições financeiras internacionais de desenvolvimento como a Agência Francesa de Desenvolvimento (Afd), no âmbito do acordo Mecanismo de Resiliência e Sustentabilidade.
O compromisso italiano está incluído no maior quadro do Plano Mattei, lançado na ocasião da cimeira Ítalo-África havido em Janeiro.
Neste contexto, o topo do G7 foi revelado desde 13 a 15 de Junho, a Primeira-Ministra, Giorgia Meloni, anunciou que a Itália e o Banco Africano de Desenvolvimento (Bad) são a favor da criação de um grupo especial multi-doadores fundo para financiar o Plano Mattei para África e o processo de Roma sobre migração e desenvolvimento, que visa garantir investimentos com forte impacto no clima em sectores estratégicos específicos no continente africano.
A Itália anunciou um compromisso inicial de 130 milhões de dólares sob a forma de altas concessões de empréstimos e subsídios, bem como um compromisso suplementar por parte dos Emirados Árabes Unidos.
A Itália também se comprometeu com 150 milhões de dólares em formas subvencionadas de empréstimos e subvenções nas condições preferenciais para o financiamento de projetos comuns na Estrutura do Plano Mattei.
É também implementada a criação de uma plataforma comum para promover os investimentos do sector privado, com o objectivo de mobilizar capital directamente para os fundos regionais que financiam actividades empresariais para apoiar a criação de trabalhadores em África.