
Fauna bravia, elefante africano. Foto de Ferhat Momade
Maputo, 10 Jul. (AIM) – O Presidente do Botswana, Mokgweetsi Masisi, ofereceu a Moçambique mais 200 elefantes para o fortalecimento da fauna nacional e biodiversidade.
Os 200 paquidermes, hoje anunciados, juntam-se a outros 500 oferecidos em 2018 a Mocambique por este país da Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral, que acolhe o maior número de elefantes do planeta, cujo número está calculado em mais de 130 mil.
Masisi anunciou a oferta na manhã de hoje, em Maputo, minutos após o término das conversações oficiais com o seu homólogo e anfitrião, Filipe Nyusi.
Foi um encontro que culminou com a assinatura de sete memorandos de entendimento para o fortalecimento da cooperação entre esses dois países da região austral de África.
“Quero lembrar que anos atrás nós demos a Moçambique um presente de grande magnitude, falo do maior mamífero terrestre, o elefante, em número de 500”, disse.
Explicou que são espécies cuja fertilidade foi verificada, sendo assim animais extremamente reprodutivos. “E desse número queremos acrescentar mais 200”, sublinhou.
Masisi garantiu que vai trabalhar para acelerar o processo de translocação rápida desses animais para sua nova pátria, Moçambique.
“Então vamos acelerar o processo para garantir que comece a translocação dos novos cidadãos de Moçambique, estes elefantes”, garantiu.
“Nós usamos o elefante de forma extremamente lucrativa, mas quando se tem em demasia um bom produto, é tão mau quanto ter pouco, ou seja, eles começam a tornar-se problemáticos. Mas nós não vamos partilhar o problema, mas sim a oportunidade de fazer negócio através deles. Então, nós vamos ensinar-vos como tomar conta deles, pois somos o país com mais sucesso no planeta no que concerne à hospedagem desta espécie”, sublinhou.
Disse que, apesar de o Botswana ser o segundo país mais seco da África Austral, este factor não os inibiu de acolher tão grande quantidade desta espécie.
Recomendou que Moçambique use a espécie para gerar receita através do turismo. “Nós até os treinamos para se comportarem correctamente ao verem turistas”, disse.
(AIM)
CC/sg