
Presidente da Frelimo, Filipe Nyusi
Maputo, 20 Jul (AIM) – O Presidente da Frelimo, partido no poder em Moçambique, Filipe Nyusi, adverte que a Frelimo não é um partido sazonal e muito menos emocional, pois é uma formação política com identidade própria e sentido de missão.
Afirmou que, as sucessivas vitórias da sua formação partidária são resultado de preparação e organização pedagógica dos actos e não obra do acaso.
Nyusi fez estas declarações sexta-feira (19), durante a II Sessão Extraordinária do Comité Central da Frelimo, órgão que a aprovou por unanimidade o manifesto eleitoral que será apresentado aos moçambicanos durante a campanha eleitoral que arranca em Agosto próximo.
“A Frelimo não é um partido sazonal e nem emocional. É um partido responsável”, disse o presidente da Frelimo.
As declarações do Nyusi, surgem numa altura em que o ambiente político em Moçambique atravessa uma fase sensível, com partidos políticos em fase de preparação para as eleições gerais, o que gera expectativas e exacerba os ânimos por parte de alguns actores políticos de partidos de menos expressão.
Na semana finda, a Comissão Nacional de Eleições rejeitou a candidatura da Coligação Aliança Democrática (CAD), um movimento emergente que anseia concorrer as eleições, mas que ainda enfrenta alguns desafios de organização interna.
O rosto da coligação, Venâncio Mondlane, que também é candidato presidencial para o escrutínio de Outubro próximo, garantiu que vai recorrer da decisão, argumentando que a CNE cometeu ilegalidade na rejeição da CAD ao recorrer a figura de nulidade do acto administrativo
“A CNE cometeu uma ilegalidade gravíssima, e isso foi propositadamente, pois não cabe a CNE deduzir inaptidão da inscrição de partidos políticos ou coligação de partidos. Vamos recorrer e o Conselho Constitucional vai dar provimento”, disse Venâncio Mondlane reagindo a decisão da CNE sobre a CAD.
Ainda na semana finda, um grupo de partidos extraparlamentares manifestaram apoio incondicional para as eleições presidenciais de 9 de Outubro próximo ao candidato da RENAMO, segunda maior força politica de Moçambique.
“Esta semana fomos contactados por vários partidos extraparlamentares manifestando interesse em apoiar a nossa candidatura às eleições presidenciais. Recebemos cerca de oito partidos, nomeadamente, 𝐏𝐔𝐍, 𝐂𝐃𝐔, 𝐔𝐍𝐀𝐌𝐎, 𝐏𝐂𝐌, 𝐏𝐄𝐌𝐎, 𝐔𝐃𝐌, 𝐏𝐀𝐃𝐄𝐋𝐈𝐌𝐎 e 𝐏𝐏𝐋𝐌 que sem qualquer condicionalismo decidiram apoiar a nossa candidatura às Eleições Presidenciais de 9 𝐝𝐞 𝐎𝐮𝐭𝐮𝐛𝐫𝐨 próximo”, lê-se num comunicado da Renamo citando Ossufo Momade, seu candidato presidencial.
Ainda sobre a Renamo, técnicos, especialistas e quadros daquele partido, estão neste momento a aprimorar as linhas gerais do seu manifesto eleitoral no âmbito das eleições gerais e presidenciais de Outubro próximo.
“O nosso compromisso é pelo bem-estar do povo Moçambicano. Por isso trabalhamos arduamente para que possamos responder aos anseios da população que durante quase meio século foi servindo uma elite minoritária que se transformou em segundo colono”, lê-se na ota de imprensa que a Renamo distribuiu na sexta-feira.
(AIM)
PC/sg