
Cidadãos de nacionalidade malawiana aguardam repatriamento
Chimoio (Moçambique) 24 Jul (AIM) – O Serviço Provincial de Migração acaba de neutralizar 27 cidadãos de nacionalidade malawiana que entraram no país à procura de emprego sem, no entanto, possuírem documentos que lhes permitam desenvolver qualquer tipo de actividade em território nacional.
Os imigrantes foram encontrados na terça-feira (23) na Estrada Nacional número um (EN1), na província de Manica, centro do país, e seguiam viagem para Maputo.
Presume-se que o destino final era a África do Sul. No grupo estão cidadãos com idades que variam de 20 a 40 anos. Também tem mulheres com crianças recém-nascidas.
O porta-voz do Serviço Provincial de Migração, em Manica, Abílio Mate, explicou que os cidadãos são portadores de documentos que lhes permitem entrar no país, mas não para exercer qualquer tipo de actividade.
Os mesmos foram neutralizados no posto de fiscalização de Guro, em Manica, no dia 20 (sábado), e devolvidos à província de Tete.
Quatro dias depois, terça-feira (23), os mesmos cidadãos já estavam no Inchope, tendo sido novamente interceptados pelos agentes de migração.
“No âmbito das nossas atribuições, fizemos um trabalho de fiscalização e no posto de controle de Inchope foi possível neutralizar estes indivíduos. Eles têm documentos de permanência temporária no nosso país, mas não são aplicáveis para efeitos de trabalho. Apenas servem para uma visita. Quando interrogados dizem que vão a Maputo procurar emprego e melhores condições de vida”, disse Mate.
“Eles não têm um destino fixo. Não têm mantimento para sua subsistência, não sabem a quem vão contactar e os documentos que eles possuem não lhes permitem exercer qualquer tipo actividades em Moçambique. Apenas lhes dão o direito de permanecer 30 dias em Moçambique”, acrescentou.
Neste momento, segundo Mate, decorrem trabalhos que culminarão com o repatriamento desses cidadãos para Malawi, país de origem.
“Decorrem trabalhos e, dentro de alguns dias, serão mandados de volta ao país de proveniência. Eles têm documentos que lhes permitem viajar em passeio para Moçambique. Não para trabalhar como eles desejam”, vincou.
Só este ano, o Serviço Provincial de Migração de Manica repatriou mais 100 cidadãos que entraram ilegalmente em Moçambique, na sua maioria de nacionalidades malawiana, etíopes, nigerianos, somalis e bengalis.
Muitos imigrantes ilegais entram em Moçambique através dos postos fronteiriços da província de Tete.
(AIM)
Nestor Magado (NM)/dt