
Fronteira de Machipanda, provincia de Manica
Chimoio (Moçambique), 11 Abr (AIM) – O Serviço Provincial de Migração na província de Manica, centro de Moçambique, registou, no primeiro trimestre deste ano (2025), a passagem pelas fronteiras de Machipanda e Chipingue de cerca de 84 mil cidadãos, entre nacionais e estrangeiros, de e para o Zimbabwe.
A fronteira de Machipanda está localizada no distrito de Manica e é a segunda maior do país, depois de Ressano Garcia, na província de Maputo. Dá acesso ao Zimbabwe, na cidade de Mutare, capital da província de Manicaland. Por sua vez, Chipingue está localizado no distrito de Mossurize, na parte sul da província de Manica.
O número de cidadãos que atravessaram as duas fronteiras representa um aumento em 15 por cento, quando comparado com igual período do ano passado em que cruzaram cerca de 72 mil passageiros.
A informação foi tornada pública esta sexta-feira (11), em Chimoio, pelo porta-voz do Serviço provincial de Migração, em Manica, Abilio Mate, durante uma conferência de imprensa sobre as actividades do sector durante o primeiro trimestre de 2025.
Mate explicou que o aumento do número de passageiros resulta de um trabalho feito pela instituição com o objectivo de sensibilizar a população a tratar passaporte e outros documentos em casos de viagem para o estrangeiro.
“A instituição tem brigadas móveis que trabalham nos distritos na sensibilização dos cidadãos para que conheçam a importância de tratarem os documentos quando querem viajar. Os resultados deste trabalho são animadores porque, a cada dia, constatamos o aumento de pessoas que pretendem adquirir passaportes e outros documentos de viagem para o estrangeiro” afirmou Mate.
“Quando fazemos uma avaliação, vemos que houve uma superação numérica em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Isso é positivo porque a população está a perceber a importância de pautarem pelas boas práticas migratórias”, acrescentou.
Apelou os cidadãos a seguir as orientações do sector no sentido de evitar situações que possam comprometer as suas viagens, sobretudo quando estão fora do território nacional (Moçambique).
No entanto, segundo Mate, no período em referência, o sector de migração repatriou quatro cidadãos estrangeiros encontrados sem os documentos que lhes permitissem permanecer em Moçambique.
Trata-se de dois cidadãos de nacionalidade malawiana, um nigeriano e outro zimbabwiano, por falta de documentos.
“Este é o resultado de uma actividade de fiscalização que visa verificar a legalidade de cidadãos estrangeiros residentes e visitantes na província de Manica. Os quatro indivíduos foram repatriados através das fronteiras de Machipanda e Zobue, nas províncias de Manica e Tete”, explicou.
“Este trabalho continua e a medida em que vamos encontrar outros cidadãos na situação ilegal, serão repatriados para os seus países de origem. É uma actividade que contamos com a colaboração da população para combate a imigração ilegal”, sustentou Mate.
A província de Manica tem três principais fronteiras terrestres, a de Machipanda, Chipingue e Rotanda, que permitem aceder ao Zimbabwe.
(AIM)
Nestor Magado (NM)/dt