Maputo, 4 Set (AIM) – O primeiro-ministro moçambicano, Adriano Maleiane, anunciou esta quarta-feira (4), em Maputo, que o governo está aberto a receber propostas que possam ajudar a ultrapassar os actuais desafios dos ex-combatentes, decorrentes do processo de reinserção e reintegração social dos libertadores da pátria.
“Servirão de base para continuarmos a adoptar e implementar acções conducentes a contínua construção de um país que privilegia o diálogo, paz, coesão e unidade nacional”, disse Maleiane, hoje (4), em Maputo, na Conferência Internacional sobre os 50 anos da assinatura dos Acordos de Lusaka e os desafios para manutenção da paz.
Disse ser imperativo que os membros da Associação dos Combatentes de Luta de Libertação Nacional (ACLLN), analisem o significado das conquistas históricas alcançadas até ao momento.
“É na base do diálogo que acabamos por conseguir ao longo destas cinco décadas, resolver os diferendos e conflitos que o nosso país registou, Acordo Geral de Paz, assinado em 1992 em Roma, Acordo de Paz e Reconciliação Nacional, este último rubricado em Maputo, em 2019”, referiu.
Segundo Maleiane, o governo renova a gratidão dos moçambicanos pelo apoio, assistência incondicional concedida pelos povos e governos dos países amigos, citando o exemplo de África, Ásia, Europa e América.
Desde os primeiros momentos da fundação da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), os povos dos continentes referidos sempre estiveram ao lado de Moçambique.
Ressalvou que o lema “Combatentes 50 anos de Liberdade Inspirando Gerações” significa uma oportunidade para efeitos de abordagens sobre lições extraídas ao longo das cinco décadas após a assinatura dos Acordos de Lusaka.
“Remete-se para a reflexão sobre acções as que devemos levar a cabo para que as novas gerações vindouras possam melhor conhecer, preservar e valorizar o legado da geração 25 de Setembro, sobretudo no que concerne à defesa da pátria, do interesse nacional, consolidação da unidade, coesão, condições fundamentais para manter a paz e desenvolvimento sócio-económico do país”, disse.
Maleiane enalteceu a vizinha Zâmbia por ter acolhido as negociações que culminaram com a assinatura dos Acordos de Lusaka.
Por seu turno, Josefina Mpelo, ministra dos Combatentes, fez saber que a Conferência Internacional marca o início de uma série de actividades, incluindo homenagem aos veteranos de luta de libertação nacional, que irão culminar com a celebração do dia 7 de Setembro, ” Dia da Vitória, data também conhecida como “Dia dos Acordos de Lusaka”.
O evento contou com presença de membros do governo, académicos, estudantes, ACCLN, membros do corpo diplomático, entre outros.
(AIM)
MR/sg