Maputo, 05 Set (AIM) – A insegurança alimentar poderá afectar pelo menos 2,3 milhões de pessoas em Moçambique, até Março do próximo ano, particularmente nas regiões centro e sul do país.
O facto foi revelado pela presidente do Instituto Nacional de Gestão de Riscos de Desastres (INGD), Luísa Meque, durante a cerimónia de lançamento oficial do Apelo Humanitário face à seca em Moçambique, ocorrida esta semana, em Maputo.
“É neste contexto que, como Entidade Governamental responsável pela coordenação da Gestão e Redução do Risco de Desastres em Moçambique, o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres apoia a iniciativa dos Parceiros Humanitários, com vista a mobilizar recursos adicionais que vão contribuir para minorar o sofrimento das comunidades afectadas”, afirmou.
Aproveitou a ocasião para apelar pela “adopção de uma abordagem inclusiva e integrada de modo a garantir a partilha de informação, evitar a duplicação de esforços e assegurar que todas as iniciativas de resposta a recente seca que assolou o país, sejam relevantes, dignificantes e efectivas na promoção da resiliência das comunidades afectadas.”
Aliás, no quadro da resposta à seca, o governo moçambicano investiu em um seguro soberano contra a seca, cuja activação vai possibilitar o acesso a 5,5 milhões de dólares norte-americanos para intervenções multissectoriais de resposta.
Contudo, segundo a fonte, por se tratar de um evento de progressão lenta, os seus impactos, especialmente na disponibilidade de água, acesso a meios de subsistência, e na segurança alimentar, tendem a recrudescer com o passar do tempo.
Em Moçambique, a seca teve maior incidência em vastos locais das regiões Sul e Centro, com maior impacto sobre os distritos com características áridas e semiáridas das províncias de Gaza, Inhambane, Sofala, Manica e Tete.
(AIM)
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