Maputo, 03 Jul (AIM) – O Instituto Nacional de Gestão do Risco de Desastres (INGD) iniciou com exercícios de simulação como forma de avaliar o nível de prontidão e capacidade de resposta local aos diferentes riscos ou ameaças que poderão assolar os 64 distritos de Moçambique.
No país, a época chuvosa e ciclónica inicia em Outubro de cada ano.
A cerimónia de lançamento das simulações teve lugar quarta-feira (2) no distrito do Lago, província de Niassa, norte de Moçambique, acto dirigido pela presidente do INGD, Luísa Meque.
Falando no evento, Meque definiu os comités locais de gestão e redução do risco de desastres como uma linha operativa do INGD, de resposta a nível local, afirmando por isso, ser pertinente serem treinados e equipá-los continuamente, para que possam desempenhar da melhor maneira o seu trabalho.
Actualmente, Moçambique tem 1.905 comités locais, dos quais 64 no Niassa, e 11 no Lago.
Meque reconhece que comités locais de gestão e redução do risco de desastres, a todos os níveis, a semelhança da Unidade de Protecção Civil (UPC) desempenham um papel central na mobilização das comunidades para a tomada de medidas de prevenção, mitigação, resposta aos desastres e recuperação dos seus efeitos.
“Para reduzirmos a vulnerabilidade das nossas comunidades anualmente, o INGD promove exercícios de simulação a diferentes níveis, com o objectivo de treinar as comunidades e todos os órgãos do sistema de gestão de emergência, para uma melhor preparação e articulação durante a época chuvosa e ciclónica”.
Referiu que os exercícios de simulação realizados na quarta-feira, no Lago, permitiu para o INGD aprimorar os nós de estrangulamento que eventualmente possam existir no mecanismo de coordenação local de resposta às emergências, sobretudo, o papel dos diferentes actores envolvidos nas operações de emergência, quando declarado um determinado nível de alerta.
Ciclicamente e de forma recorrente, Moçambique tem sido afectado por diferentes riscos ou ameaças naturais, que incluem cheias, inundações urbanas, secas, ciclones tropicais e epidemias, que causam danos humanos, materiais e financeiros.
Os instrumentos que orientam o sistema de gestão e redução do risco de desastres, aliados a exercícios de simulação, servem de refrescamento sobre as decisões do INGD face a um alerta declarado.
Meque explicou que a simulação define especificamente, o papel de cada interveniente, a partir da tomada de conhecimento sobre a iminência de uma ameaça até a operacionalização de medidas específicas para a sua contenção, um exercício que envolve actores de nível distrital, provincial e central, incluindo os parceiros e as organizações da sociedade civil.
“Neste momento”, disse a presidente do INGD, “estamos a busca de parcerias para a expansão dos programas de capacitação, com vista assegurar uma cobertura mais ampla de pessoas com conhecimentos sólidos sobre a gestão e redução do risco de desastres, bem como sobre a tomada de medidas básicas para a prevenção dos riscos ou ameaças mais comuns que afectam o nosso país”.
(AIM)
Ac/sg