
Inauguração de 62 casas na Vila de Reassentamento Joaquim Marra, na localidade de Mangungumete, província de Inhambane
Maputo, 13 Set (AIM) – O Presidente da República, Filipe Nyusi, afirma que o governo moçambicano privilegia o diálogo com as comunidades para evitar a eclosão de conflitos no futuro, no âmbito da implementação de projectos de exploração de recursos naturais.
Nyusi falava hoje (13), no distrito de Inhassoro, província meridional de Inhambane, no âmbito da inauguração de 62 casas na Vila de Reassentamento Joaquim Marra, na localidade de Mangungumete.
São casas para reassentar as comunidades e também para professores construídas pela parceria Sasol no âmbito de reassentamento das comunidades.
Enalteceu os esforços e empenho das autoridades locais e do governo provincial, cujo desempenho teve grande destaque na auscultação das comunidades para poderem construir um empreendimento digno e condigno a sua escolha e pela disponibilidade de áreas e terrenos alternativos.
O chefe do Estado enalteceu ainda a forma como os processos de reassentamento são conduzidos na província de Inhambane.
“Este projecto quem pediu é o próprio cidadão. Nós não queremos consultores piratas que vêm precisamente para nos desviar a atenção. Deste modo, a nova vila de reassentamento que envolve habitações unifamiliares que vimos construídas com material resiliente compõem infra-estruturas para educação, desporto, residência para professores, igreja, entre outros”, disse Nyusi.
Vincou que “isso é mais-valia para nós, é um caso de referência para a sua forma e identidade, pois a vila é também um exemplo de ordenamento territorial e centralidade por comportar um sistema de abastecimento de água, rede de distribuição de energia suportada e estrada de terra batida com uma extensão de cinco quilómetros”.
O Presidente da República falou do impacto dos projectos de exploração de recursos naturais na distribuição de renda para os moçambicanos.
“O gás que se extrai daqui cria essas economias, essas rendas que facilitam a vida e a melhoram a qualidade da mesma”, disse.
Referiu que se alguém questionar que os recursos naturais beneficiam apenas os residentes a resposta é em primeiro lugar os residentes e os que cederam os seus campos.
“Já temos uma escola condigna, os nossos filhos vão estudar aqui e esta é uma das formas de distribuição da riqueza. Os nossos professores vão viver de uma forma condigna, não terão que fazer grandes viagens todos os dias de manhã, ou aos fins-de-semana abandonando ou deixando suas famílias porque têm que viajar para vir [dar aulas] aqui”, acrescentou.
Frisou que esta não era a única forma de distribuição de renda, pois os impostos que são cobrados desses projectos são os que são usados para a construção de estradas, pagamento de salários, entre outros, “é assim como a distribuição é feita, mas podia ser melhor.
O chefe do Estado considera de consultores piratas os que nunca deram o seu contributo para o desenvolvimento da vila, mas apenas desestabilizam as comunidades.
“Aqueles que vivem do sacrifício dos outros para tentarem agitar achando que você está a ser tirado daqui, está a ser usurpado a terra, mas nunca vieram quando você estava sentado lá em baixo da árvore, com a sua criança estudando em baixo da árvore, sem água, sem energia. Agora vêm para poder preencher os documentos, produzir relatórios e ganhar dinheiro em detrimento do sofrimento de algumas pessoas.
No caso da vila Joaquim Marra assiste-se a uma completa convergência e harmonia entre o governo, os investidores, a própria população e bem como as instituições de financiamento.
“Daqui a pouco vocês não precisarão de certeza ir fazer alguns serviços muito distante, os serviços de saúde irão evoluir com facilidade, os financeiros acredito e esta realidade exprime o interesse comum que visa estabelecer um desenvolvimento equilibrado e rejeita a narrativa de usurpação de terras ou a imposição de mudanças forçadas tendo em conta as vantagens socioeconómicas dos empreendimentos”, garantiu.
(AIM)
FG /sg