Maputo, 15 Set (AIM) – O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) assegura que decorrem os preparativos para que as eleições gerais de 09 de Outubro próximo decorram sem grandes sobressaltos.
A garantia foi dada este sábado (14), em Maputo, pela porta-voz do STAE, Regina Matsinhe no Programa” Linha Directa” da Rádio Moçambique, emissora nacional.
“Estamos a preparar todas as questões materiais para garantir que o 9 de Outubro decorra tecnicamente em termos de logística sem eventuais problemas”, garantiu Regina Matsinhe.
Destacou que os órgãos de administração eleitoral estão a trabalhar para evitar que questões logísticas e financeiras comprometam o processo eleitoral.
Estamos a trabalhar, não estamos parados, estamos sempre em contacto com os órgãos de gestão financeira a nível do país, para resolver e garantir que não haja nenhum problema”.
Matsinhe disse ser importante que tenham a responsabilidade de saberem informar as pessoas com quem trabalham qual é o ponto de situação, o que está a acontecer, porque esta questão da informação também reduz a possibilidade de incidentes e conflitos que possam surgir “porque as pessoas vão compreender e vão aguardar pelo momento certo”.
Matsinhe aproveitou a oportunidade para apelar a todos os intervenientes para que ostentem em todas as actividades relacionadas com o processo eleitoral a credencial providenciada pelos órgãos eleitorais.
“Aquando da recepção das credenciais pelos órgãos de comunicação social nós demos as recomendações e o que nos admira é que não estamos a ver a ostentarem essa credencial. Este não é apenas um mero crachá, pois também serve não só para identificar o profissional de comunicação social, como também para protegê-lo”, recorreu.
“Imaginemos que aconteça alguma coisa naquele momento de campanha, ele pode ser confundido como alguém que só esteja ali e depois há um problema, mas se ostenta o seu crachá de profissional devidamente credenciado para fazer a cobertura o seu trabalho logicamente vai decorrer também à vontade. É preciso que todos apresentem esse crachá”, vincou.
Num outro desenvolvimento, Matsinhe afirma que decorre a bom ritmo a formação dos recursos humanos envolvidos no processo eleitoral.
“Estarão a ser capacitados para assegurar não só as operações de votação em si como também todo aquele processo que ocorre na mesa de assembleia de voto, após votação e o apuramento parcial. Estaremos a contar com 193.514 candidatos a Membros de Mesa de Voto os quais no final da capacitação serão contratados 180.075”, referiu Regina Matsinhe.
Acrescentou que, “estamos agora a formar os formadores dos MMV’s num total de 11.885 que foram por sua vez formados por cerca de 800 formadores nacionais. Este processo está a decorrer a bom ritmo”.
Questionada o que está a se fazer para acautelar a inquietação dos MMV’s referente a questão do atraso do pagamento dos subsídios, Matsinhe aclarou que este um dos desafios que tem de uns tempos para a esta parte por questões do orçamento eleitoral para financiar todo o processo.
“Este desafio financeiro traz também para nós desafios acrescidos na forma de como fazer a gestão do próprio processo em momentos em que muitas vezes trabalhamos sem ter as finanças necessárias para executar ou para desenvolver as actividades que temos pela frente”, disse.
“Apesar deste desafio temos estado a trabalhar estamos neste momento a realizar a formação dos formadores dos MMV’s em todo o país que mexe com a logística financeira que depois por sua vez vai mexer com outro tipo de registo porque é preciso ter materiais e uma série de elementos necessários para tornar essas actividades a bom porto”, disse.
“Para garantir que os MMV’s possam fazer o seu trabalho de forma tranquila e segura do ponto de vista daquilo que é a sua própria psique, eles têm que ter a certeza que vão receber no caso dos MMV’s um subsídio e que esse subsídio deve lhes chegar às mãos terminando”, vincou.
Matsinhe disse ser um desafio porque estão envolvidos milhares de candidatos às mesas de assembleia de voto e esperam que na altura haja disponibilização dos fundos por parte do Ministério da Finanças para que se possa pagar as pessoas. “Não é dinheiro que os órgãos eleitorais possuem, nós dependemos de outros e outras estruturas.
(AIM)
FG/sg