Maputo, 25 Set (AIM) – O Presidente da República, Filipe Nyusi, condecorou hoje (25) 651 entidades nacionais com a “Medalha Veterano da Luta de Libertação de Moçambique”.
A distinção surge em reconhecimento da sua participação activa na luta de libertação nacional, bem como do esforço tendente a valorizar as conquistas da independência nacional, da moçambicanidade e do desenvolvimento nacional explicou Nyusi nas cerimónias centrais alusivas as comemorações do 60º Aniversário do Desencadeamento da Luta de Libertação Nacional e Dia das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
A efeméride decorreu sob lema “Forças Armadas de Defesa de Moçambique: 60 Anos ao Serviço de Moçambique e dos Moçambicanos”.
O estadista moçambicano disse que as condecorações atribuídas em todo o território nacional são em reconhecimento da reputação nacional, e são atribuídas também a dirigentes e membros das Forças de Defesa e Segurança (FDS) que se distinguiram em operações militares.
“Portanto, fica aqui bem claro, não só aqueles que comandaram as gerações anteriores, a este grupo de jovens que estão aqui perfilados, mas aqueles que no terreno ainda estão a trabalhar. Nós vamos ter uma oportunidade ainda dentro deste mês ou do próximo para podermos interagir directamente com os jovens que estão no terreno e fazermos a homenagem dirigida. Estão identificados e são muitos”, disse Nyusi.
Rendeu homenagem a todos que contribuíram para a libertação do país e afirmou que todos que participaram da luta de libertação nacional têm direito à medalha de veterano da luta de libertação nacional em especial os que se destacaram em operações de combate ao terrorismo em Cabo Delgado e outros cidadãos que se revelaram em diferentes missões de trabalho através de diferentes órgãos.
“Aos nossos amigos irmãos que, juntos, estivemos na trincheira e alguns continuam em Cabo Delgado, tenho dito que não há nada que possa apagar o sacrifício daqueles jovens que caíram e tombaram em batalha, regaram com sangue o solo moçambicano para ver os seus irmãos livres de terrorismo, mas é assim porque nós somos um”, reconheceu.
“O terrorismo é uma guerra, é um mal, um crime global e fazemos tudo para que todos nós possamos, ao mesmo tempo, resolver o problema e a forma que nós encontramos é essa da cooperação multilateral e ao mesmo tempo bilateral, tem sido um caso de referência porque desde que juntos combatemos nunca tivemos casos de conflitos internos entre exércitos. É uma experiência única e nós continuaremos a valorizar”, vincou.
Reconheceu ainda que o sucesso de cada um não foi de obra isolada, mas sim de todo um conjunto de actores de paz daí a razão de alguns reconhecimentos serem de forma institucional para os laboriosos sectores das FDS “me refiro às Forças Armadas de Defesa de Moçambique, à Polícia da República do Moçambique (PRM) e aos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE) e outros cidadãos que se revelaram em diferentes missões de trabalho através de diferentes órgãos
Destacam-se entre os condecorados, com a Ordem Militar 25 de Setembro do Primeiro Grau, António Hama Thai, Paulino Macarringue e Eugénio Hussein Mussa (a título póstumo), Forças Armadas de Defesa de Moçambique, Polícia da República de Moçambique e Serviço de Informação e Defesa do Estado.
Foram distinguidas ainda as Forças de Defesa do Botswana, do Lesoto, da África do Sul e da Tanzânia, com a Ordem Militar 25 de Setembro do Segundo Grau; Inocente Tandane, Mateus Ngonhama (a título póstumo) e Raul Dique, com a Ordem Militar 25 de Setembro do Terceiro Grau; e, entre outros, Jorge Khalau e Luís Manuel General e Samo Paulo Gonçalves com a Medalha Veterano de Luta de Libertação de Moçambique.
A medalha de mérito do trabalho foi atribuída a Manuel Henrique Franco e Matilde de Almeida.
(AIM)
Fernanda da Gama (FG) /sg