
Antigo Chefe de Estado moçambicano, Joaquim Chissano
Maputo, 04 Out (AIM) – O antigo chefe de Estado, Joaquim Chissano, afirma que o Dia da Paz que se celebra, esta sexta-feira, em Moçambique, não é apenas uma recordação de um acordo assinado em 1992, mas um símbolo de coragem, resiliência e da vontade do povo moçambicano de viver em harmonia e progresso.
Numa mensagem por ocasião desta data, Chissano recorda que, ao longo do país, o povo moçambicano passou por momentos difíceis, e a luta pela paz foi longa e dolorosa.
“No entanto, conseguimos ultrapassar as adversidades e conquistar a paz que hoje, com orgulho, celebramos”, refere Chissano na sua mensagem.
Acrescenta a guerra que devastou o país por 16 anos deixou cicatrizes profundas, mas também ensinou valiosas lições, pois Moçambique mostrou ao mundo que, através do diálogo, da reconciliação e da união, é possível reconstruir uma nação, curar as suas feridas e promover o desenvolvimento.
“Foi esse espírito de unidade nacional que nos permitiu virar a página da guerra e trilhar o caminho da paz e da prosperidade”, reitera o antigo Presidente da República e Patrono da Fundação Joaquim Chissano.
Anota que a paz conquistada requer o esforço contínuo de cada moçambicano, pelo que exorta a todos para que continuem a cultivar o diálogo, a solidariedade e o respeito mútuo.
“Que nos comprometamos a trabalhar para que as desigualdades sociais e a pobreza, que muitas vezes são raízes da instabilidade, sejam combatidas com determinação e eficácia”, apela.
“Hoje, como Patrono da Fundação Joaquim Chissano, exorto a cada um a renovar o nosso compromisso com a paz e a reconciliação. Como povo, que continuemos a lutar contra todas as formas de injustiça, exclusão e divisão”.
Chissano, então Presidente da República, foi signatário do Acordo Geral de Paz, rubricado a 04 de Outubro de 1992, em Roma (Itália), juntamente com o falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama.
(AIM)
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