
Maputo, 04 Out (AIM) – O Presidente da República, Filipe Nyusi, defende uma maior aproximação e melhoria das relações entre civis e militares como forma de espevitar o combate ao terrorismo que apoquenta a província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
Nyusi explica a sua asserção, explicando que a população constitui uma fonte fiel e de formação útil.
“O maior informador fiel, para nós, é o cidadão”, disse o Chefe de Estado que também é Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS), esta sexta-feira (04), em Maputo durante a saudação das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), pela passagem do seu 60⁰ aniversário que se assinalou a 25 de Setembro último.
Nyusi entende que a população pode ser um aliado estratégico para o combate ao terrorismo em Cabo Delgado que assola aquela região do país desde Outubro de 2017.
“Continuar a robustecer as relações civis-militares, como muito bem disseram, junto das populações em Cabo Delgado e em consonância com outros actores presentes no terreno, visando granjear simpatia e maior apoio pela população”, disse.
Na mesma ocasião, o estadista moçambicano orientou a observação escrupulosa da lei evitando fazer declarações públicas sem devida orientação conforme oriente a lei, sobre tudo em momentos de guerra.
“A lei está clara, postula que o militar não pode fazer declarações públicas de carácter político, ou quaisquer outras que ponham em risco a coesão, a disciplina, não pode colocar em causa a partidarismo das Forças Armadas ou desrespeitar o dever de isenção política dos seus elementos, que não pode, sem autorização superior, fazer declarações públicas que abordem assuntos respeitantes às Forças Armadas”, anotou.
Por sua vez, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, Joaquim Mangrasse, frisou que é preciso criar condições necessárias [capacitar os militares, criação e modernização das infra-estruturas] para fazer face ao conflito em Cabo Delgado.
“O conflito em Cabo Delgado é, indubitavelmente, a grande prioridade actual das Forças Armadas, não só garantindo que os militares tenham as condições necessárias para operar, capacitando-os, igualmente, com o treino, infra-estruturas e outros meios, investindo na organização operacional e no comando e controlo e na liderança”, disse.
(AIM)
SNN/sg