
Presidente da República, Filipe Nyusi, com a embaixadora da República Dominicana durante a apresentação das cartas credenciais
Maputo, 16 Out (AIM) – O Chefe de Estado, Filipe Nyusi, convidou esta quarta-feira (16) as repúblicas Dominicana e do Cazaquistão a investirem em Moçambique.
Nyusi formulou o convite durante a cerimónia de acreditação de oito novos embaixadores, incluindo Chile, Colômbia, Coreia, Mauritânia, Somália e Venezuela.
O estadista moçambicano destacou o facto de ser a primeira vez que as repúblicas Dominicana e o Cazaquistão se fazem representar por um embaixador no país.
“É para nós motivo de alegria e distinta honra receber as credenciais de Erika Ylonka Alvarez Rodriguez, primeira embaixadora Dominicana na República de Moçambique, abrindo uma nova página para a história das relações entre os nossos dois países”, disse o Chefe de Estado moçambicano.
Nyusi entende que a nomeação de Rodriguez é expressão da forte vontade de elevar as excelentes relações de amizade, solidariedade e cooperação que unem os dois povos e países.
Na ocasião, Nyusi, manifestou a satisfação de poder trabalhar com os novos embaixadores a quem expressou o desejo de estabelecer uma cooperação mais profícua.
“O laço vem desde muito tempo, e a República Dominicana está empenhada em reforçar estes laços bilaterais. É importante destacar que ambos países têm expressões identitárias comuns, nomeadamente a Marrabenta, e na culinária a chima, tocossado de manga e a feijoada”, acrescentou.
Nyusi disse acreditar que, com as características e potencialidades económicas de ambos os países, sobretudo nas expressões culturais existe um elevado potencial para a cooperação nas áreas como o turismo, agricultura, recursos minerais, telecomunicações e infra-estruturas de transporte.
Por isso, como primeiro passo para elevar e facilitar cada vez mais o relacionamento entre os países, revelou que acolheu com interesse as propostas de negociações com vista para assinatura de acordos sobre consultas políticas e de isenção de vistos para titulares de passaportes diplomáticos.
Dirigindo-se ao embaixador do Cazaquistão, Yerkin Yakhizhanov, disse que a sua escolha “é uma demonstração clara da vontade e compromisso de construir uma relação duradoura”.
“A nossa localização geográfica na costa oriental de África pode facilitar ligações com cadeias de fornecimento de mercadoria via marítima e diferentes partes do mundo, incluindo Ásia Central, onde se localiza o Cazaquistão”.
Referiu que à semelhança de Moçambique, o Cazaquistão é um país que regista progressos visíveis mercê do seu potencial que inclui vastos recursos minerais, reservas de petróleo e gás natural no mar Cáspio, e carvão na bacia de Carrancada, que contribuem para a industrialização ancorada na siderurgia.
Para Yakhizhanov, a sua acreditação em Moçambique é prova da amizade e compromisso de elevar cada vez mais as relações entre os países.
Nyusi disse que entre Moçambique e os países referidos, urge o revigoramento da cooperação bilateral, com o propósito da implementação dos instrumentos de cooperação celebrados entre Moçambique e os países representados pelos novos embaixadores.
“Moçambique está aberto para trabalhar com os embaixadores para o alcance pleno dos objectivos subjacentes ao acordo de estabelecimento de relações diplomáticas”, assegurou.
Aproveitou a oportunidade para manifestar o seu apreço para a eleição de Moçambique como membro não permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Expressou a necessidade de coordenação e colaboração com os Estados-membros das Nações Unidas para a promoção, conquista consolidação da paz, segurança e estabilidade nas regiões de países em conflito no mundo.
O estadista moçambicano destacou ainda a importância da solidariedade e cooperação Sul-Sul na luta contra o terrorismo, gestão de calamidades geradas pela condições climáticas na busca de respostas para os perigos que a humanidade enfrenta, tais como as pandemias da Covid-19, Ébola e SIDA, entre outras iniciativas.
Realçou o enorme potencial do país e dos países dos embaixadores recém-acreditados em Moçambique, na utilização da indústria de petróleo e gás, “para o desenvolvimento sócio-económico, acelerado e sustentável dos nossos países rumo ao bem-estar dos nossos povos”.
(AIM)
NL/sg