
Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) Agostinho Vuma
Maputo, 23 Out (AIM) – O sector privado de Moçambique garante que quinta-feira (24) será um dia laboral e todos os sectores de actividade estarão abertos para prestar os devidos serviços aos seus utentes.
O facto surge em resposta a manifestação geral, de dois dias, convocada pelo candidato presidencial, Venâncio Mondlane, através da sua página do Facebook e repercutida nas redes sociais, segundo a qual quinta e sexta-feira “Ninguém deve sair para a rua”, como forma de protestar os resultados das eleições de 09 de Outubro em curso.
Falando em conferência de imprensa havida hoje, em Maputo, que visava abordar aspectos sobre a paralisação geral de trabalho, o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) Agostinho Vuma, insta a Polícia da República de Moçambique (PRM) agir de modo a assegurar a manutenção da lei, ordem e tranquilidade públicas.
Para o efeito, Vuma diz que a PRM deve usar todos os meios ao seu alcance para proteger os interesses económicos.
“Por estas razões, gostaríamos de lançar um vigoroso ‘não à greve’, ora convocada”, afirmou.
As instituições públicas e privadas, devem, segundo o presidente da CTA, assegurar condições para o normal funcionamento da economia moçambicana.
Por isso, Vuma insta igualmente a todos os partidos, incluindo os candidatos presidenciais, sindicatos e servidores a cumprirem o dever de considerarem outras formas de pressão e de reivindicação sem impacto negativo na vida da população.
“É necessário buscar soluções que respeitem os direitos dos trabalhadores, mas também levem em consideração o bem-estar colectivo e a necessidade de serviços públicos e privados eficientes e acessíveis”, disse.
De acordo com Vuma, o impacto negativo decorrente da incitação às manifestações, e suas consequências, incorre a que o país figure nas manchetes dos órgãos de comunicação social a nível internacional, facto que “prejudica a imagem do país, desestimula investimentos e coloca a economia nacional em posição de risco”.
A incitação às manifestações, acrescentou Vuma, “afecta as conquistas que temos vindo a alcançar e a confiança que o ambiente económico nacional tem vindo a granjear”.
Vale lembrar que Mondlane convocou manifestações para repudiar os resultados das eleições, cujo apuramento provincial confere uma vantagem significativa ao candidato presidencial, Daniel Chapo, suportado pela Frelimo, partido no poder.
Concorrem igualmente nas eleições presidenciais, Ossufo Momade, apoiado pela Renamo, o maior partido da oposição, e Lutero Simango, pelo Movimento Democrático de Moçambique, o segundo da oposição.
A Comissão Nacional de Eleições, órgão central e deliberativo no contencioso eleitoral, afirmou que os resultados serão divulgados quinta-feira (24).
(AIM)
Ac/sg