
Defense Minister, Cristóvão Chume
Maputo, 5 Nov (AIM) – O ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, afirma que existem forças internas e externas que, por meio de manifestações violentas, pretendem derrubar o governo eleito democraticamente em Moçambique.
“Nos últimos dias, assistimos ao recrudescimento de actos preparatórios com intenção firme e credível de alterar o poder democraticamente eleito, instituindo o funcionamento normal das instituições do Estado e privadas”, disse o ministro em conferência de imprensa havida hoje, em Maputo.
Explicou que, perante esta situação, as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) em cumprimento da Constituição da República de Moçambique (CRM), da Lei de Defesa Nacional, Forças de Defesa e segurança de Moçambique garantem a defesa, protecção da soberania e segurança de Moçambique, nos termos da lei sem qualquer envolvimento nas disputas eleitorais e políticas.
“As manifestações de carácter violento estão a cimentar o ódio entre irmãos moçambicanos independentemente da sua orientação política ou religiosa. Estão a destruir infra-estruturas vitais para a vida dos moçambicanos, estas manifestações de carácter violento são um grave sinal de quão estamos divididos e, por isso, apelamos à unidade”, referiu Chume.
Revelou que para o efeito estão sendo usados menores nas manifestações.
Segundo Chume, as manifestações pacíficas têm enquadramento na CRM, eis a razão que o Executivo reforça a implementação do diálogo entre partidos políticos, órgãos de gestão eleitoral, instituições de legalidade e todos actores económicos activos do país.
“Queremos reforçar a nossa confiança nas instituições democráticas, respeitando a Constituição da República de Moçambique e demais leis que obedecem as missões, as FADM, a Polícia da República de Moçambique e os Serviços de Informação e Segurança do Estado”, disse.
A escalada de manifestações pacificas e violentas que iniciou no passado a 21 de Outubro último e já resultaram na morte de mais de uma dezena de cidadãos, incluindo civis e polícias.
“Recomendamos aos partidos políticos para que usem o seu papel mobilizador para serenar os ânimos e a espiral do ódio, pelo próximo que está a crescer a cada dia, para evitamos um banho de sangue “, apelou o governante.
Ressalvou que o país, já superou vários conflitos, destacando a guerra dos 16 anos, reafirmando que com estas manifestações violentas, significa que o banho de sangue está a iniciar e todos devem desencorajar esses actos.
“Devemos todos contribuir para que o país não caminhe para uma situação que a história poderá não nos perdoar como actores de hoje. Reforçamos a vigilância contra o risco de desestabilizar o nosso país. Apelamos para que nos termos da lei possam realizar as manifestações pacíficas dialogando com a Polícia, colaborando com as FDS. As manifestações são legais, onde nós indicamos que não se deve passar é importante que obedeçam, há locais sensíveis que devem ser protegidos”.
Temos situações semelhantes no mundo que estão a ser copiadas para implementar no nosso país.
(AIM)
MR/sg