
Ministro da Defesa, Cristóvão Chume, no lançamento da 27ª Campanha de Recenseamento Militar
Maputo, 12 Jan (AIM) – O ministro da Defesa, Cristóvão Chume, encoraja todos os jovens militares que se encontram na linha da frente no combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, para não vacilarem, pois a vitória é inquestionável.
“Usamos esta oportunidade para encorajar aos nossos jovens que estão na linha da frente, no combate ao terrorismo e extremismo violento, para que continuem com coragem e firmeza porque Moçambique vai vencer custe o que custar o terrorismo no nosso país”, disse Chume hoje (12) no distrito de Nhamatanda, província de Sofala.
O ministro falava no lançamento oficial da 27ª Campanha de Recenseamento Militar edição 2024 que decorre em todo o país desde o dia 02 de Janeiro corrente a 28 de Fevereiro próximo sob o lema “Unindo Jovens na Consolidação da Unidade Nacional e Defesa da Pátria.
Explicou que, geralmente, os terroristas aparecem com falsas promessas para recrutarem jovens. Por isso, disse o ministro, “gostaríamos de aproveitar esta oportunidade para apelar a nossa vigilância sobre todos os tipos de manobras ou manifestações pois o terrorista normalmente vive no nosso seio. Pode ser um vizinho, pode ser um familiar e até um nosso amigo.
Frisou que os terroristas não são apenas aqueles que estão armados em Cabo Delgado, mas também outros que os financiam para assassinarem as famílias de moçambicanos.
Advertiu que também são terroristas aqueles que os conhecem mas não informam as autoridades. Aqueles que sabem onde estão as Forças Armadas e saem a correr para informar os terroristas.
Até porque muitos terroristas não estão na província de Cabo Delgado pois encontram-se em Niassa, Nampula, Sofala, Maputo, e outros até no estrangeiro.
O ministro aproveitou a oportunidade para manifestar o seu apreço com o inestimável contributo dos antigos combatentes na luta de libertação nacional, também conhecidos por Força Local, que decidiram pegar novamente em armas para lutar contra os terroristas ao lado das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e das tropas estrangeiras que estão a lutar para restaurar a paz e tranquilidade no país.
“Não deixemos que o terrorismo se alastre. Protejamos as nossas famílias, juntemo-nos como um povo único para erradicar este mal porque juntos somos muito fortes. Vamos todos fortalecer a defesa nacional e particularmente as Forças Armadas e o Serviço Cívico.
Sobre o recenseamento, o ministro explicou que é um processo que decorre pela primeira vez no país após a aprovação, nos finais do ano passado, pela Assembleia da República da revisão da Lei de Serviço Militar.
É um documento que materializa vontade do Estado para reter mais militares, modernizar a profissionalizar as FADAM, bem como aumentar a capacidade operacional das tropas como mecanismos indispensáveis para o pleno cumprimento da defesa da pátria.
A nova Lei do Serviço Militar prevê, entre vários aspectos, o alargamento da duração do serviço efectivo normal de dois anos para cinco anos e seis anos para as tropas especiais.
Com esta medida, explicou Chume, os jovens terão a oportunidade de aprender mais e melhor.
Para os jovens que não queiram ingressar no exército terão a oportunidade de escolher o Serviço Cívico de Moçambique.
O ministro tranquiliza e garante que o recenseamento não implica automaticamente o ingresso na vida militar. “Aquele que recenseou não significa que automaticamente já está na tropa”.
A adesão dos jovens ao recenseamento militar não apenas representa um dever cívico, mas igualmente é uma oportunidade para o desenvolvimento pessoal e profissional considerando que as Forças Armadas oferecem treinamento, educação e uma oportunidade única de servir a pátria com dignidade e compromisso.
A academia militar oferece cursos equiparados as universidades, onde têm a oportunidade de aprender a arte e ciência militar.
(AIM)
sg