Chimoio (Moçambique) 12 Nov (AIM) – Pessoas com deficiência física vão beneficiar de um projecto para a criação de gado caprino, que tem como objectivo aumentar a renda familiar nos 12 distritos da província de Manica, centro de Moçambique.
A iniciativa abrange outros ramos de actividades, incluindo pequenos negócios, segundo fez saber o oficial de programas Economia e Trabalho na organização Solidar Suíça, Francisco Saidane.
Saidane explicou há dias que o programa está sendo implementado numa primeira fase em quatro distritos, nomeadamente, Tambara, Guro, Macossa e recentemente chegou a Báruè, envolvendo um total de 15 pessoas com deficiência e com baixa renda.
Sem avançar o universo de beneficiários e nem o montante a ser desembolsado para esta esta actividade, Francisco Saidane disse que se pretende que até finais do próximo ano, o programa esteja em todos os 12 distritos da província de Manica.
“A ideia é incluir a pessoa com deficiência e o seu empoderamento. As próximas etapas serão o alargamento do programa para os restantes distritos da província de Manica. Havemos de entregar cabritos a pessoas com deficiência. A meta é cobrir todos os distritos até o próximo (2025), referiu Francisco Saidane.
Acrescentou que para além deste programa, a Solidar Suíça tem apoiado a Associação dos Cegos e Amblíopes de Moçambique (ACAMO), em Manica.
Nesta associação, tem oferecido equipamento, capacitar e treinar os seus membros em Tecnologia de Informação e Comunicação (TICs).
Para este grupo alvo, está incluso a componente empoderamento económico através de financiamento para pequenos negócios.
“Neste conceito de inclusão trabalhamos com a ACAMO nas províncias de Manica e Sofala. Fazemos uma inclusão baseada na área de informática onde vão aprendendo a fazer o seu trabalho. Pensamos que essas pessoas com deficiência visual, sabendo digitar e fazer outras operações informáticas já pode trabalhar em outras áreas como por exemplo, no secretariado ou mesmo entrar no ensino técnico profissional”, disse Francisco Saidane.
“Outros até podem entrar para o ensino superior porque já conseguem competir com as outras pessoas porque já saberão utilizar o computador. Todos os ensinamentos técnicos que eles aprendem fazem parte das ferramentas para sua sustentabilidade. Terão a inclusão e o desenvolvimento económico. Com a ACAMO já financiamos acima de 10 projectos de geração de renda no distrito de Chimoio, bem como a distribuição de produtos de primeira necessidade às pessoas mais necessitadas”.
A Solidar Suíça é uma Organização Não-Governamental internacional e trabalha na área de cooperação para o desenvolvimento e em projectos de emergência.
Em Moçambique, a Solidar Suíça está presente há mais de 39 anos trabalhando também nos programas de democracia, trabalho e economia, incluindo assistência humanitária na região centro do país, concretamente nas províncias de Tete, Sofala e Manica.
(AIM) Nestor Magado (NM)/sg