Maputo, 25 Nov (AIM) – A Polícia da República de Moçambique (PRM) confirma o rapto do empresário Nurali Gulamo (39 anos), de origem paquistanesa, ocorrido cerca de 09h00 desta segunda-feira (25), na cidade da Matola, província meridional de Maputo.
Trata-se do primeiro caso de rapto a ter lugar na cidade da Matola, no presente ano.
Num breve contacto telefónico, a porta-voz da PRM na província de Maputo, Carmina Leite, explicou a AIM que o crime foi perpetrado por um grupo de quatro indivíduos desconhecidos, ainda a monte.
Os malfeitores, munidos de arma de fogo e que se faziam transportar numa viatura de marca Toyota Prado de cor cinzenta, obrigaram o empresário a descer da sua viatura e entrar naquela que traziam consigo.
“O cidadão, quando foi raptado, estava com o seu motorista, e saia da sua residência, em direcção ao seu local de trabalho”, disse Leite, sublinhando que os meliantes dispararam dois tiros para o ar, como forma de intimidar o paquistanês.
“Três é que desceram do carro”, acrescentou a porta-voz.
Gulamo é trabalhador da multinacional OLAM, uma empresa do sector do agronegócio. As suas instalações estão localizadas defronte a Direcção Provincial do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) na cidade da Matola.
O motorista não foi molestado e prestou “algumas declarações aos agentes da PRM”.
Leite assegura que a Polícia de Protecção, em coordenação com o SERNIC, já se encontram no terreno para, com a maior brevidade possível, esclarecer o crime, que se resume na “neutralização dos malfeitores, assim como resgatar a vítima para o convívio familiar”.
Vale lembrar que há cerca de duas semanas, a SERNIC resgatou um empresário português do ramo da construção civil que tinha sido sequestrado a 29 de Outubro último, no centro da capital moçambicana.
Na mesma operação foi resgatado um cidadão moçambicano, de origem asiática (24 anos de idade) filho de um empresário. Este foi raptado a 05 de Agosto do ano em curso. Ambos crimes tiveram lugar na cidade de Maputo.
O resgate teve lugar no bairro Jonasse, município da Matola-Rio, província meridional de Maputo.
Nos últimos 12 anos, mais de 150 empresários foram raptados em Moçambique, e uma centena deixou o país por receio, segundo números divulgados em Julho pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA).
Até Março último, a Polícia moçambicana registou um total de 185 casos de raptos, e pelo menos 288 suspeitos por envolvimento nos raptos foram detidos, nos últimos 13 anos.
(AIM)
AC/sg