
Maputo, 26 Jun (AIM) – A Polícia da República de Moçambique (PRM) confirma o rapto de Muhammad Mayet (45), empresário moçambicano de origem asiática, ocorrido cerca de 08h00 desta quarta-feira (26), na cidade de Maputo.
Falando em conferência de imprensa havida hoje, para se pronunciar sobre o caso, o porta-voz da PRM na cidade de Maputo, Leonel Muchina, explicou que o sequestro foi executado por seis malfeitores, munidos de pistolas, que interceptaram Mayet na esquina das Avenidas Karl Marx e Ho Chi Minh, há uns escassos metros do Ministério do Interior e do Comando da Polícia da cidade de Maputo.
Acto contínuo, os bandidos armados arrastaram o empresário até a sua viatura e partiram em direcção incerta. No local do crime, houve um disparo, que atingiu o guarda-costas da vítima, quando se oferecia para prestar socorro.
“Infelizmente, tivemos sim um registo de um rapto por volta das 08h00 de hoje […] um empresário moçambicano de origem asiática e, teriam arrastado até a viatura”, disse, acrescentando que as pistolas “foram usadas para efectuar um disparo. Este disparo veio a alvejar um trabalhador deste cidadão”.
As autoridades policiais garantem que o guarda-costas de Mayet está “fora de perigo porque o tiro foi na perna, que é uma zona não letal”.
Sobre o resgate de Mayet, a PRM garante estar a trabalhar em parceria com outras Forças de Defesa e Segurança de forma a neutralizar os malfeitores e trazer o empresário ao convívio familiar.
“Nós temos consciência de que os raptados são levados aos cativeiros e os cativeiros sempre vão existir nas nossas zonas de convivência e de residência; é daí que nós apelamos que, ao se notar qualquer movimentação que seja incomum para alertar a todas as autoridades para fazermos o reconhecimento destes factos”, disse Muchina.
Testemunhas no local confirmaram que os raptores se faziam transportar numa viatura de marca Toyota Alphard, cor branca, com chapa de inscrição AIO 919MP.
As características da viatura, segundo Muchina, servem como evidências e matéria de rastreio para esclarecer o rapto.
Em Abril último, a Procuradora-geral da República, Beatriz Buchili, afirmou que a ausência da cooperação internacional é um dos maiores entraves na busca dos mandantes dos sequestros que se registam em Moçambique, sobretudo nos últimos quatro anos.
Os mandantes dos raptos estão fora do país, por isso, apelou a Assembleia da República, o parlamento moçambicano, para acelerar a revisão da lei que cria o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), cuja proposta foi aprovada no início de Abril pelo Conselho de Ministros.
(AIM)
Ac/sg