Maputo, 29 Nov (AIM) – O governo moçambicano anunciou hoje (29), em Maputo, que possui cerca de 500 milhões de dólares americanos para o projecto de transformação digital que vai garantir acesso à internet a toda a população até 2030.
O ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, destaca a importância do projecto afirmando que não faz sentido que até hoje apenas 7,8 milhões de moçambicanos, de uma população estimada em 33 milhões de habitantes, tenham acesso a internet.
Magala falava hoje (29) em Maputo, num Business Breakfast “Internet para Todos”, evento organizado pelo Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM), e que contou com a participação do sector privado, empresas do ramo de energia, do comércio, académicos, entre outros.
O governo quer tornar a Internet um direito de cada cidadão independentemente de origem ética, condição social, localização geográfica, considerando como acto de democratização.
Para o efeito, o governo convidou todas partes interessadas para caminharem juntas neste edifício da economia digital.
“Não é para elite, mas para todos moçambicanos, temos dois pilares, governo digital, serviços prestados pelo governo a pagar impostos, acesso, facilidades das formas digitais, comércio electrónico digital”, referiu o governante.
“A implementação é morosa, falta de coordenação, os modelos de negócio e operações não são acessíveis e burocracia “, disse Magala.
Com a transformação digital, o Executivo moçambicano espera desenvolver competências digitais e segurança cibernética. A questão fundamental não é apenas a transparência no futuro, mas o desafio principal vai ser a privacidade dentro da transparência, segurança de dados e outros”, referiu o ministro.
Por seu turno, a Presidente do Conselho de Administração do INCM, Helena Fernando, informou que a Autoridade Reguladora das Comunicações (ARCOM) pretende abordar a digitalização como factor importante para o desenvolvimento.
“O registo do tráfico de telecomunicações referente ao mês de Setembro do presente ano revela que cerca de 21 milhões de dispositivos trafegaram nas redes das telecomunicações e cerca de um terço acedeu a Internet”, referiu a fonte.
(AIM)
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