
Equipamento da Electricidade de Moçambique (EDM) destruído pela passagem do ciclone “Chido” em Cabo Delgado e Nampula. Imagem EDM
Maputo, 16 Dez (AIM) – A empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM) garante que já está a trabalhar no sentido de restaurar o fornecimento de energia a mais de 100 mil clientes, de um total de 200 mil, que foram afectados pela passagem do ciclone tropical “Chido”.
A EDM afirma que o “Chido” se fez sentir com maior incidência nas províncias de Cabo Delgado e Nampula, impactando, igualmente, as províncias de Niassa e Zambézia. Embora tenha baixado de categoria, de Ciclone tropical para depressão tropical, continua a causar danos no sistema eléctrico, interrompendo o fornecimento de energia eléctrica em vários pontos daquelas províncias.
“No balanço das actividades de reposição realizadas pelo Comité Operativo da EDM, constatou-se a redução do número de clientes sem corrente eléctrica, que passou de 200.000 clientes anunciados ontem, 15 de Dezembro, para os actuais 110.000 clientes afectados”, refere um comunicado enviado à AIM.
Segundo a EDM, continuam privados de energia eléctrica os distritos de Pemba, Mecúfi, Metuge, Montepuez, Ancuabe, Chiúre, Quissanga e Ibo na província de Cabo Delgado; Morrumbala e Dere na vizinha província de Zambézia; Maúa, Metarica e Nipepe em Niassa.
Adverte, porém, que as condições atmosféricas e a inacessibilidade de alguns locais têm sido os maiores obstáculos e concorrem para a demora na reposição do fornecimento da corrente eléctrica.
Por isso, a EDM reforça o apelo à observância rigorosa de medidas de prevenção e segurança, tais como evitar estar próximo de qualquer equipamento eléctrico, evitar tocar nos cabos eléctricos ou postes, controlar as crianças para não brincarem perto das infra-estruturas danificadas, desligar o quadro geral e todos os electrodomésticos, entre outras.
Mesmo em caso de interrupção no fornecimento de energia, a EDM reitera que todas as instalações devem ser consideradas como estando permanentemente em tensão.
Vale lembrar que as projecções indicavam que o ciclone, que atingiu a costa moçambicana no fim de semana, poderia afectar cerca de 2,6 milhões de pessoas, com ventos fortes a atingir 200 quilómetros por hora, com rajadas de até 240 quilómetros por hora.
(AIM)
sg