
Maputo, 19 Jan (AIM) – O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, recomendou à cada um dos doze ministros por si empossados neste sábado, em Maputo, entrega abnegada e visão de um país moderno, dinâmico e competitivo, que faça incidir a tecnologia e inovação para impulsionar o desenvolvimento sustentável.
Para a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Manuela Lucas, o Chefe de Estado exigiu mais agressividade na execução da política externa, bem como na busca de resultados tangíveis na cooperação internacional.
Ao pelouro cabe, segundo Chapo, planificar, coordenar, controlar e garantir a implementação da política externa e cooperação internacional “assegurando o nosso desiderato de independência económica”.
Ao ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, Chapo disse que a integridade territorial está ameaçada, pelo que este sector deve assegurar a fiscalização das forças armadas e dos demais órgãos e serviços dele dependentes.
“Vários eventos nos fazem acreditar que a defesa da nossa soberania e da nossa integridade territorial está ameaçada e que devemos avançar com medidas enérgicas para dotar este sector de capacidade para inverter este cenário”, afirmou.
Desde Outubro de 2017 que alguns distritos da província nortenha de Cabo Delgado vivem sob ataques dos grupos terroristas, mas que, nos últimos meses, reduziram drasticamente, graças a intensificação de repulsão protagonizada pelas Forças de Defesa e Segurança moçambicanas, com os seus aliados internacionais, sobretudo as forças de defesa ruandesas e da extinta Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM, sigla em inglês).
Actualmente, os ataques terroristas quase se extinguiram em Cabo Delgado.
No entanto, o ministro do Interior, Paulo Chachine, deve, segundo Chapo, garantir a segurança e tranquilidade públicas, identificar os moçambicanos e estrangeiros, socorrer e salvar pessoas e bens, bem como prevenir os riscos e combater os incêndios.
“É nossa missão melhorar a acção e percepção sobre o cumprimento da missão de garantia da ordem pública, com particularidade para crimes que mais desafiam a nossa sociedade hoje, nomeadamente os raptos, narcotráfico, branqueamento de capitais e outros conexos”, vincou.
Ao ministro da Planificação e Desenvolvimento, Salim Valá, Chapo recomendou uma planificação assertiva que reflicta os reais anseios dos moçambicanos.
“Por isso, conferimos esta missão a um órgão de nível de ministério, com a responsabilidade de planificar, coordenar, controlar e assegurar a execução das políticas no domínio da planificação e desenvolvimento económico e social integrado do país, orientada à nossa independência económica”, afirmou.
Chapo exigiu, por sua vez, do ministro da Economia, Basílio Muhate, robustez, com uma agenda ousada, para que rapidamente possa assegurar um crescimento e desenvolvimento rumo à almejada independência económica.
“Este ministério pugnará pela execução das políticas no domínio da indústria, comércio e turismo”, disse.
Quanto ao ministro da Administração Estatal e Função Pública, Inocêncio Impissa, o Presidente da República quer maior dinamismo na administração pública, com uma maior motivação dos servidores públicos e garantir uma coerente descentralização e desconcentração, “a fim de melhorar a prestação dos serviços ao cidadão”.
No sector da Agricultura, Ambiente e Pescas, o ministro do pelouro, Roberto Albino, deve materializar a previsão constitucional sobre a agricultura como base do desenvolvimento nacional e, igualmente, fazer face às questões ligadas ao ambiente, com particularidade as alterações climáticas e para melhor abordar questões ligadas à economia tanto verde quanto azul.
“Desse modo, este ministério tem como missão planificar e assegurar a execução da legislação e políticas nos domínios da agricultura, pecuária, hidráulica agrícola, plantações agro-florestais, segurança alimentar, mar, águas interiores, pescas, administração e gestão de terras, geomântica, florestas e fauna bravia, ambiente, mudanças climáticas e áreas de conservação”, anotou.
Ao ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe, o Presidente reconheceu que o sector é crucial para o desenvolvimento, por isso “pretendemos que seja responsável pela execução das políticas no domínio dos transportes rodoviário, ferroviário, hidroviário, aéreo, meteorologia, suas infraestruturas e corredores logísticos”.
Chapo referia-se aos corredores de Maputo, sul do país, da Beira, na província central de Sofala, e de Nacala, província de Nampula, norte de Moçambique.
Na área da saúde, Chapo exigiu do ministro Ussene Isse a construção de mais unidades sanitárias em todo o território nacional, além de um atendimento condigno, humanizado, e disponibilidade de medicamentos.
Ao ministro dos Recursos Minerais e Energia, Estevão Pale, o Presidente quer execução das políticas dos recursos minerais e energéticos, desenvolvimento das infraestruturas de fornecimento de energia eléctrica, gás natural e produtos petrolíferos.
“Queremos que os moçambicanos sintam que estão a desfrutar dos seus recursos minerais e energéticos”, afirmou.
No tocante às Comunicações e Transformação Digital, área dirigida pelo ministro Américo Muchanga, o Presidente explicou que a sua criação advém dos paradigmas que advogam que o futuro pertence às nações que têm domínio das tecnologias de informação e comunicação.
“Por isso, neste ministério, queremos que seja assegurada a execução das políticas no domínio das comunicações e da transformação digital”, disse.
(AIM)
Ac/mz