
Eduardo Abdula toma posse como governador da província de Nampula
Nampula, (Moçambique), 24 Jan (AIM) – Uma governação aberta e acessível a todos os cidadãos, com prestações regulares e pública dos seus actos e contas, foi a promessa deixada hoje (24), por Eduardo Abdula, 15º governador da província de Nampula, norte de Moçambique.
Estas promessas foram reiteradas quando da sua apresentação pública, perante centenas de nampulenses, numa cerimónia, orientada por Inocêncio Impissa, mandatário do chefe de Estado, individualidades locais, tais como empresários e população em geral.
Eduardo Abdula, o segundo governador democraticamente eleito, com o advento da descentralização da governação no país, fez jus as promessas feitas durante a sua campanha eleitoral, reafirmando que quer ter uma acção marcadamente virada para a resolução dos principais problemas que afligem os sectores da educação, saúde, produção agrícola e pesqueira, só para citar alguns.
“Na sua generalidade, pretendemos melhorar a prestação de serviços públicos, por via da quebra de processos burocráticos morosos, expansão de instituições públicas para junto da população distante, por meio da digitalização dos serviços do Estado. Portanto, pretendemos ser um governo que funcione de forma aberta e seja acessível a todos”, assegurou.
No discurso de consagração, o novo governador de 62 anos de idade, casado com a antiga ministra da Saúde de Moçambique, Nazira Abdula, fez referência ao tema da criminalidade um fenómeno que afecta a província.
“No que respeita a segurança, ordem e tranquilidade pública, reconhecemos o fenómeno da criminalidade que assola os principais centros urbanos com destaque para as cidades de Nampula e Nacala, pelo que exortamos a população a ser vigilante e instamos as autoridades competentes a reforçar medidas de segurança para a boa convivência social”, alertou.
E, naquilo que disse ser o seu primeiro acto de governação Eduardo Abdula, ordenou o fim das restrições de circulação na cidade de Nampula, particularmente nas zonas adjacentes a edifícios públicos, como o governo, Comando da PRM e Assembleia Provincial, uma medida adoptada pelas autoridades na sequência das manifestações violentas que assolaram a cidade capital e não só.
Noutras notas prometeu desenvolver a província de forma inclusiva e participativa tendo o bem-estar da população no centro das prioridades do seu governo.
“A nossa governação irá pautar-se pela honestidade, humildade, eficiência e transparência dos nossos servidores públicos, combatendo a corrupção, o desperdício e uso indevido de recursos públicos”, disse.
“Em jeito de inovação e inclusão, pretendemos realizar, duas vezes por ano, sessões do governo abertas ao público, para que possamos auscultar a nossa população e receber os seus valiosos contributos, colocando o cidadão de Nampula como o fiscalizador principal da gestão da coisa pública”, acrescentou.
Ainda no espírito de inovação, Abdula informou como o público ira acompanhar a forma como os seus impostos são gastos.
“No que concerne à transparência, todas as receitas arrecadadas na província, serão de conhecimento público, divulgadas e afixadas nas vitrinas das instituições e em lugares públicos, com as correspondentes despesas para que qualquer cidadão tenha acesso e saiba como foi aplicada a sua contribuição fiscal”.
Prometeu um olhar atento escrutinador sobre os concursos e finanças públicas.
“Neste capítulo, seremos implacáveis para actos desviantes, criminosos e nocivos ao Estado, particularmente nos concursos e finanças públicas. Reiteramos que queremos que cada cidadão de Nampula fiscalize as nossas acções, para resgatarmos os valores essenciais da ética, honestidade, civismo e deontologia profissional”.
Eduardo Mariamo Abdula, foi o cabeça-de-lista da Frelimo, que venceu as eleições legislativas de 9 de Outubro, com 59,11 por cento na província de Nampula, o maior círculo eleitoral de Moçambique.
(AIM)
RI/sg