
Chefe da brigada central do partido Frelimo de assistência à província de Nampula, Filipe Paúnde
Nampula (Moçambique), 10 Fev (AIM) – O chefe da brigada central do partido Frelimo de assistência à província de Nampula, Filipe Paúnde, denunciou ataques contra a integridade física de que são alvos os seus membros, actos que considera como ameaças à paz.
Paúnde teceu estas considerações, neste domingo (09), no final da visita de trabalho de cerca de uma semana que efectuou a província de Nampula, o major círculo eleitoral de Moçambique.
“As brigadas foram a todos distritos a nível da província onde trabalharam apesar de muitas ameaças de morte e outras aos nossos militantes e membros e deploramos esse tipo de fazer política. A democracia é permitir a existência de várias ideias, diferentes organizações, cada qual com a sua ideologia, não significa que somos inimigos, significa que somos apenas adversários ideológicos”, relatou.
Questionado sobre se os aludidos ataques e ameaças, não seriam casos de Polícia, Paúnde preferiu apontar os caminhos do diálogo, reconciliação e concórdia, como aqueles que o país deve trilhar para que reine a paz e harmonia.
“Nós sempre pautamos pela concórdia, reconciliação, por isso estamos a dizer aos nossos militantes que não respondamos o mal pelo mal. Por isso, queremos apelar a todos os moçambicanos, deixemos que as crianças estudem, que os nossos compatriotas tenham acesso as unidades sanitárias, que estas funcionem na sua plenitude”, afirmou.
O político reiterou o pedido para um clima sem violência entre moçambicanos.
“O nosso desejo é que resolvamos as coisas de forma cordial, somos irmãos, apelo para abandonarem esta prática de ameaça de morte, porque isto põe em causa a paz, não queremos a violência, conversando podemos ultrapassar as nossas diferenças, somos todos moçambicanos, temos que encontrar consensos. O presidente da república, encetou diálogos com os partidos políticos, confissões religiosas, tudo isso para assegurar que o beneficiário seja o povo moçambicano, temos que fazer tudo para o bem dos moçambicanos e a primeira condição necessário é a paz e a harmonia”, enfatizou.
Para Paúnde a saúde do seu partido na província de Nampula é boa.
“A saúde do partido está boa, mercê da determinação e firmeza dos nossos militantes, porque muitos secretários são ameaçados, mas mantêm-se lá, na generalidade está a funcionar. Posso dizer que estamos muito satisfeitos porque vimos que o partido, as nossas organizações sociais, o governo provincial, não obstante ter poucos dias, estão todos empenhados no cumprimento do manifesto”, destacou.
Sobre as manifestações, o dirigente político lembrou que as mesmas não são proibidas em Moçambique, desde que não interfiram nas liberdades e direitos de cada um.
“As manifestações não são proibidas, mas que elas sejam pacíficas, para justamente não ser retirado o direito que cada um de nós tem”, concluiu.
(AIM)
RI/sg