
Posto de abastecimento de gás natural veicular da empresa Autogás
Maputo, 19 Fev (AIM) – O uso do Gás Natural Veicular (GNV) já poupou, aos cofres do Estado, cerca de 100 milhões de dólares que poderiam ter sido usados para importação de combustíveis líquidos, afirma o director executivo da Autogás, João das Neves.
A Autogas é a empresa vocacionada a massificação do uso de GNV em Moçambique. A empresa opera maioritariamente na região do Grande Maputo.
Paralelamente, os moçambicanos cujas viaturas são movidas pelo GNV, conseguiram poupar cerca de quatro mil milhões de meticais com o custo de combustível. Actualmente, há cerca de quatro mil carros movidos a gás na região do Grande Maputo, incluindo carros de transporte de passageiros.
“Quanto ao impacto da Autogás no Governo moçambicano, foi possível poupar aproximadamente 100 milhões de dólares em importações de combustíveis líquidos, que passaram a ser substituídos pelo produto nacional”, disse Das Neves, que falava na abertura de um seminário realizado hoje (19), em Maputo.
Em termos do impacto ambiental, a Autogas diz que com o uso do GNV, foi possível popular 240 mil toneladas em emissões de dióxido de carbono, um facto que considera significativo para a preservação do meio ambiente.
Com seis postos de abastecimento de GNV, incluindo um posto no terminal da Empresa Municipal dos Transportes Públicos de Maputo (EMTPM), a Autogas cria mais 50 empregos directos e outros 120 indirectos.
As nossas previsões é que possa ter uma cobertura nacional com os postos de abastecimento”, referiu a fonte, sublinhando que até 2026 serão abertos mais dois pontos de abastecimento na região do Grande Maputo e nos próximos dez anos a previsão é de crescimento para pelo menos 20 postos de abastecimento.
O crescimento em número de viaturas poderá ser pelo menos 14 mil viaturas movidas a gás e distribuídas nas províncias de Maputo, Gaza e Inhambane, contra as actuais cerca de quatro mil viaturas.
Apesar das perspectivas de crescimento para assegurar uma maior abrangência, a empresa ressente-se dos limites ao transporte do Gás Natural Veicular, que deveria ser feito através da rede nacional do gasoduto, porque o transporte do gás natural por camiões cisternas é muito mais oneroso.
Este processo, segundo a empresa, tornou muito mais oneroso a expansão dos postos de abastecimentos em locais fora das regiões abrangidas pelo gasoduto de transporte do gás, e cuja extensão vai até o distrito de Marracuene, na província de Maputo.
Um posto de abastecimento custa cerca de um milhão de dólares. Em termos de custos para o consumidor, o uso do GNV poupa em quase 50 por cento/litro comparado com os combustíveis líquidos.
(AIM)
Sc