
Maputo, 20 Mar (AIM) – O governo da Suécia reconhece os tempos difíceis que Moçambique tem estado a experimentar devido à crise pós-eleitoral, mas augura um futuro promissor para o país.
Por isso, recomenda a todos os actores políticos moçambicanos a se engajarem no diálogo político em curso como forma de buscar soluções democráticas.
O posicionamento foi exteriorizado hoje, em Maputo, pela embaixadora da Suécia em Moçambique, Mette Sunnergren, após a audiência concedida pela presidente da Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, Margarida Talapa.
Sunnergren tem compartilhado com personalidades moçambicanas envolvidas na política experiências dos sistemas democráticos de alguns países europeus.
“Todos temos passado por tempos difíceis e sabemos que a melhor forma de sairmos disso é com o diálogo. Então é bastante importante que sigam o diálogo, mas também que, realmente, se implemente o que sair desse diálogo”, disse a embaixadora a jornalistas.
A diplomata afirmou estar a acompanhar o diálogo político em curso no país, através dos deputados, políticos, organizações da sociedade civil, comunicação social, entre outras formas.
“Debatemos com os interessados de como funciona a democracia”, afirmou.
Entretanto, a Presidente da AR assegurou, durante as conversações, que o parlamento moçambicano tudo fará para a pacificação das famílias moçambicanas.
No início de Março corrente, o Presidente moçambicano, Daniel Chapo, e os líderes de partidos políticos com assento na AR, nas assembleias provinciais e municipais rubricaram o compromisso político para um diálogo nacional e inclusivo.
O documento será transformado em lei pela AR.
No concernente às relações de cooperação, amizade e solidariedade existentes entre os dois países, Margarida Talapa desejou que fossem replicadas para a área parlamentar, através da assinatura de um memorando.
“A Assembleia da República tem as portas abertas para a Senhora Embaixadora. Faça chegar a minha mensagem ao meu homólogo”, disse Talapa.
O presidente do parlamento sueco é Andreas Norlén, que está no cargo desde Setembro de 2018.
As relações entre Moçambique e Suécia datam de 1964, altura em que o presidente da Frelimo, na altura movimento de Libertação, Eduardo Mondlane, efectuou a sua primeira visita àquele país europeu.
(AIM)
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