
Presidente da República, Daniel Chapo, dirige XX cerimónia de graduação em licenciatura e VII em Mestrado em ciências policiais na ACIPOL
Maputo, 20 Mar (AIM) – Os recém-graduados pela Academia de Ciências Policiais (ACIPOL) são desafiados a promover, no seu seio e na sociedade moçambicana, uma cultura de integridade e ética no relacionamento profissional com o cidadão a quem juraram servir.
Para o efeito, devem evitar a prática de actos que mancham a boa imagem da corporação e do Estado moçambicano.
“São inadmissíveis, na nossa corporação, práticas nocivas como a corrupção, a extorsão, o clientelismo, o nepotismo, a indisciplina, a falta de garbo e a prumo, a falta de respeito ao cidadão, entre outras práticas que descriminalizam, em última instância, o nosso Estado moçambicano. Afinal, vocês representam a autoridade deste Estado”, disse o estadista moçambicano, Daniel Chapo, discursando na XX cerimónia de graduação em licenciatura e VII em Mestrado em ciências policiais, hoje (20), em Maputo.
Ainda sobre a postura que os recém-graduados o chefe do governo acrescentou “é ainda intolerável que quem o Estado confere plenos poderes para nos proteger, esteja envolvido em práticas criminosas”.
Chapo considera que a fidelidade, a lealdade e compromisso com o combate e prevenção aos crimes são cruciais para “travar” a criminalidade organizada e transnacional, as manifestações ilegais, violentas e criminosas, a desordem pública, a falta de respeito aos agentes da lei e ordem, incluindo aos agentes municipais, a sabotagem à economia e ao país, bem como a insegurança gerada pelas acções de terroristas em alguns distritos da província de Cabo Delgado.
“Esperamos de vós profissionais fiéis e leais ao Estado moçambicano e comprometidos na prevenção e combate a qualquer tipo de manifestação criminosa que ocorra nas diferentes frentes em que forem chamados a intervir”, anotou.
Destacou que a PRM precisa estar atento ao incitamento à violência contra a pessoa humana, bens e infra-estruturas públicas e privadas, com recurso às plataformas digitais e electrónicas, onde despontam panfletos instigadores que criam um clima de instabilidade, sob a camuflagem de manifestações pacíficas, passeatas e caravanas que viram em manifestações violentas e criminosas e vandalização de bens públicos e privados.
“Nenhum moçambicano pode ser impedido de circular livremente e de transportar os seus bens para onde quer que se desloque. De igual modo, no modelo de economia de mercado vigente, que adoptamos com a aprovação da Constituição da República de 1990, o que dita a fixação dos preços é a oferta e a procura de bens”, disse.
Referiu que “hoje, felizmente, esses rostos que atentam contra a livre circulação de pessoas e bens, destruindo bens públicos e privados, prejudicando a nossa economia, estão bem identificados e são conhecidos pelas Forças de Defesa e Segurança e pelas autoridades judiciais, pela população que bem saberão aplicar esse conhecimento nos termos e limites da lei”.
Desafiou aos gestores da ACIPOL a reflectirem, continuamente, sobre os ajustamentos que devem ser feitos aos currículos em linha com as preocupações e à conjuntura que impõe a cada momento no domínio de segurança interna, com uma particular atenção às componentes da educação cívico-patriótica, aos direitos humanos, direito internacional humanitário, terrorismo, crime organizado, mediação de conflitos e protecção do ambiente.
A PRM conta, a partir de hoje (20), com mais 59 mestres e 147 licenciados em diferentes áreas de ciências policiais com realização da XX cerimónia de graduação em licenciatura e VII em mestrado.
(AIM)
SNN/sg