
Nini Satar
Maputo, 28 Mar (AIM) – Morreu Momade Assif Abdul Satar, mais conhecido por Nini Satar, assassino que estava a cumprir pena máxima no estabelecimento penitenciário especial da máxima segurança da Machava, vulgo BO, província de Maputo, sul de Moçambique.
Um comunicado de imprensa do Serviço Nacional Penitenciário (SERNAP) enviado à AIM diz que foi às 07h30 [hora local] de sexta-feira (28) que os guardas penitenciários acharam o corpo de Nini Satar estatelado no soalho, sem vida.
Os guardas viram o corpo quando faziam diligências de rotina matinal nas celas da cadeia.
Face a ocorrência, a guarda comunicou o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) que tratou de realizar as inspecções no local.
Satar estava cumprindo uma pena de 24 anos de prisão, por ter sido provado sua participação no assassinato do jornalista investigativo moçambicano, Carlos Cardoso, em 22 de Novembro de 2000.
O Tribunal Judicial da Cidade de Maputo concluiu que Nini Satar, seu irmão Ayob Abul Satar e o ex-gerente do banco, Vicente Ramaya, ordenaram o assassinato. Eles recrutaram um esquadrão da morte de três homens, liderado por Aníbal dos Santos Júnior, mais conhecido como Anibalzinho, que emboscou Cardoso à caminho de casa, a saída da Redacção do “Metical”, o jornal independente de sua propriedade.
Cardoso foi alvo dos assassinos porque estava a tentar desvendar a enorme fraude bancária que culminou com o desfalque de 14 milhões de dólares americanos foi desviado do maior Banco Comercial de Moçambique, em 1996.
“O Serviço Nacional Penitenciário lamenta o sucedido e continua a acompanhar as diligências em curso com vista a apurar as circunstâncias da sua morte”, lê-se na nota.
(AIM)
Ac/sg