
Presidente da República, Daniel Chapo discursa na inauguração do novo edifício da INATRO
Maputo, 02 Mai (AIM) O Presidente da República, Daniel Chapo, quer celeridade na digitalização do Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários (INATRO) para reduzir eventuais desvios de conduta e garantir transparência e integridade.
A digitalização também vai tornar os seus serviços mais acessíveis, reduzir discrepâncias no atendimento, evitar longas filas e proporcionar maior clareza nos procedimentos a serem seguidos pelos utentes.
O chefe do Estado entende que a significante intervenção e influência humana nos processos de prestação de serviços públicos pelo INATRO propicia eventuais desvios de conduta por parte dos diversos intervenientes, situação que, segundo o estadista, “nos convoca a enveredarmos pela digitalização”.
“Urge consolidar as reformas em curso, relativas à certificação e fiscalização dos condutores, para assegurar maior transparência e integridade, no tocante à realização dos exames teóricos e práticos, emissão da carta de condução e documentos de veículos, em tempo útil e recorde, registo e monitoria de contravenções”, disse o Presidente da República durante a cerimónia de Inauguração do Edifício da Delegação do Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários da Cidade de Maputo, hoje (02), em Maputo.
Na ocasião, o chefe do governo manifestou a sua preocupação com o recrudescimento do número de acidentes de viação e suas consequências no país, tendo revelado que, no ano passado, foram reportados 687 acidentes de viação, contra 668 do ano 2023, o correspondente a um crescimento de cerca de três por cento, que resultaram em 825 mortes contra 754 no ano anterior.
Ainda, relativamente aos danos humanos, Chapo destacou 615 feridos graves em 2024, contra 557 em 2023, o correspondente a uma subida de 26 por cento.
“Basta referir que, de Janeiro a Março, houve registo de seis casos de acidentes de viação de grande magnitude, que resultaram em 61 óbitos, 22 feridos graves, 28 feridos ligeiros e danos materiais, dentre avultados e ligeiros, dos quais, ainda nos ressentimos do trágico acidente de viação, ocorrido no passado dia 24 de Março, ao longo da Estrada Nacional nº 6, na província de Manica, no Distrito de Gondola, que resultou em mais de 22 óbitos”, disse.
Os referidos acidentes, segundo o estadista, afectam maioritariamente os grupos etários economicamente produtivos, representando 73 por cento das vítimas, além do enorme custo social.
Deplorou a indisciplina que se assiste nas estradas nacionais, sobretudo, na área da actividade de transporte de passageiros (vulgo chapa), onde, segundo afirmou, persistem condutores não habilitados, prática de velocidade excessiva, condução sob efeito de álcool, entre outros atropelos às normas.
Este comportamento contraria a postura de elevado nível de responsabilidade que se espera dos operadores deste ramo de actividade, principalmente os vulgos ‘chapeiros’.
(AIM)
SNN/sg