
Chimoio (Moçambique), 07 Mai (AIM) – O Serviço de Migração na província de Manica, centro de Moçambique, reteve há dias seis cidadãos de nacionalidade paquistanesa que entraram no território nacional ilegalmente.
Os referidos cidadãos foram neutralizados na Estrada Nacional número sete (EN7), no posto de controlo do distrito de Vanduzi, no interior de uma viatura de transporte de passageiros que seguia com destino a Maputo, a capital moçambicana.
O porta-voz do serviço de Migração na província de Manica, Abílio Mate, disse, terça-feira (06), na cidade de Chimoio, que cinco dos cidadãos não apresentaram visto ou qualquer outro documento que lhes permita entrar em Moçambique. Apenas um tem visto emitido no vizinho Malawi.
Aliás, o documento é duvidoso e as autoridades de migração trabalham para aferir a lealdade do mesmo.
“Cinco não tem visto ou qualquer outro documento que lhes permita entrar no nosso país. Apenas um tem visto que foi emitido no Malawi. Mas também achamos ser duvidoso “, referiu Mate, em conferência de imprensa para apresentação dos seis imigrantes ilegais.
“Quando são questionados, eles dizem que viajavam a Maputo para uma reunião com amigos. Mas não revelam o objectivo da reunião ou quem são as pessoas que fazem parte do encontro”, explicou.
O porta-voz assegurou que decorrem investigações para identificar e desmantelar o esquema de facilitação de entrada de estrangeiros ilegais em Moçambique.
“Para eles chegarem até ao distrito de Vanduzi onde foram interpelados é porque passaram por alguns pontos de controlo nas províncias de Manica e Tete. Acreditamos existir um esquema de facilitação por parte de alguns cidadãos dentro do território nacional”, disse.
Revelou que estes e outros imigrantes ilegais entram em Moçambique a partir das fronteiras da província de Tete. “Há um trabalho em curso que tem como principal objectivo identificar a rede de facilitação e responsabilizar os envolvidos nesses esquemas”.
Mate referiu que os seis cidadãos ilegais serão repatriados para o Malawi, país de proveniência e a transportadora poderá ser responsabilizada, conforme manda a lei migratória.
A estrada nacional número sete liga as províncias de Tete e Manica. É a rota preferida pelos imigrantes ilegais que pretendem chegar a Maputo ou África do Sul.
(AIM)
Nestor Magado (NM)/dt