
Mercado Grossista do Zimpeto. Foto de Carlos Júnior
Maputo, 08 Mai (AIM) – O município de Maputo vai encerrar o Mercado Grossista do Zimpeto entre os dias 12 e 13 de Maio corrente, para limpezas e reorganização, uma decisão que está a criar uma certa apreensão no seio dos vendedores que temem roubos e deterioração de seus produtos.
Um comunicado da edilidade enviado à AIM indica que as obras incluem desobstrução das vias de acesso, remoção de resíduos sólidos e de viaturas em estado de abandono e sucatas no recinto, delimitação da área ocupada por cada vendedor e nivelamento das áreas propensas a inundações.
Segundo as autoridades municipais a acção surge no âmbito das manifestações pós-eleitorais que culminaram com a perda de emprego por vários cidadãos o que lhes levou a optarem pela venda a retalho nas imediações e ocupar espaços reservados aos grossistas.
António Nhalusse, vendedor grossista de batata e cebola, louva a iniciativa pois vai facilitar a livre circulação de pessoas e bens e limpeza.
“Sou vendedor neste mercado há mais de 20 anos e a iniciativa é bem-vinda porque vai permitir a fácil limpeza do nosso mercado. Por isso, pedimos ao município para nos ajudarem com uma limpeza diária do local, algo que vai permitir melhor circulação das viaturas, principalmente camiões”, disse.
Já Maria Mate, vendedeira a retalho, manifestou o seu desagrado afirmando que teme por roubos, deterioração dos produtos e realocamento dos espaços após reorganização do mercado.
Por seu turno, Albertina Cossa, cliente assídua pede as autoridades para evitarem encerrar o mercado mas que seja feita reorganização de forma faseada para permitir a venda dos produtos frescos para não se deteriorarem e facilitar a compra para os retalhistas e consumidores.
“Dois dias o mercado fechado ê muito tempo, pois muita coisa pode-se estragar e nós os vendedores precisamos desse dinheiro para alimentar as nossas famílias”, lamentou.
A AIM tentou entrar em contacto com a responsável pelo mercado, para melhor esclarecimento, mas não teve sucesso, pois ela se encontrava numa actividade fora do mercado.
Entretanto, a edilidade apela à compreensão e colaboração dos vendedores, utentes e ao público em geral.
(AIM)
Fernanda da Gama (FG)/sg