
Mercado do Zimpeto. Foto arquivo
Maputo, 15 Ago (AIM) – O Conselho Municipal de Maputo (CMM) promete criar um Comité de Saúde no Mercado Grossista de Zimpeto, com vista a responder às emergências que eventualmente possam surgir.
A promessa surge em resposta à inquietação da escritora moçambicana, Paulina Chiziane, que destacou a necessidade de haver uma unidade hospitalar no mercado grossista de Zimpeto.
Explicou que o mercado movimenta muita gente que, pela natureza de trabalho, não tem tempo para se deslocar à unidade sanitária, nem para levantar comprimidos, casos de pessoas vivendo com o HIV.
“Vamos fazer de tudo para criar comités de saúde ao nível do mercado para apoiar situações de emergia que surgem no decurso de trabalho”, disse o administrador substituto do distrito Municipal Kampfumo, Celso Fulano, durante a abertura da VII Reunião do Conselho Coordenador da Saúde.
O CMM promete ainda fazer uma assistência aos sanitários existentes naquele mercado para que seja um local acolhedor e não de contaminação dos utentes.
Fulano disse que enquanto a edilidade procura formas de responder à preocupação dos trabalhadores do mercado grossista do Zimpeto, podem socorrer-se dos serviços de saúde prestados no Centro de Saúde de Zimpeto.
Chiziane adverte que as condições precárias nas quais alguns produtos são comercializados podem contribuir para propagação de doenças e, por isso, chama a atenção da edilidade a melhorar as condições de trabalho naquele mercado.
“Não tem tenda, mas produz dinheiro. Será que o município ou o pelouro da saúde ligado ao município não entende que o calor sobre o corpo, sobre o alimento, o alimento exposto de qualquer maneira, é um foco de doenças para a sua comunidade?”, indagou.
Afirmou que a natureza do trabalho desenvolvido no mercado pode gerar doenças como estresse e hipertensão e sugere, por isso, que se realizem feiras de saúde naquele mercado.
A necessidade de instalação de serviços de saúde no mercado grossista foi secundada pela Artemisa de Castro, vendedeira daquele mercado para ajudar os trabalhadores daquele local.
“Que o município nos dê espaço para podermos criar um posto de saúde. Por exemplo, temos essa situação do HIV e muitas pessoas, acabam não indo buscar os medicamentos, porque no dia-a-dia estão ali no mercado. Estão a fazer o seu pão ali”, disse.
Já a vereadora da Saúde e Acção Social do CMM, Alice de Abreu, disse que a reunião visa, não só, criar condições para uma análise aprofundada sobre as actividades planificadas para o ano de 2024, já extraídas do nosso Plano de Desenvolvimento Municipal 2024-2028, como também, identificar os desafios que existem para o alcance das nossas metas programáticas.
Segundo Abreu, na reunião de dois dias, pretende-se avaliar o balanço do Plano de Desenvolvimento Municipal 2024-2025 referente ao primeiro semestre de 2024, verificar os indicadores do estado de saúde da população.
Constitui também, segundo a fonte, objectivo da reunião apresentação do balanço das actividades das direcções municipais de saúde e direcção municipal de gestão de morgues e cemitérios, avaliar a implementação das actividades dos nossos parceiros de cooperação.
(AIM)
Snn/sg