
Presidente do PS, Carlos César
Lisboa, 28 Mai (AIM)- AD Coligação PSD/CDS-PP e o Chega de André Ventura conquistaram esta quarta-feira dois deputados cada nos círculos da emigração, nas eleições de 18 de Maio, em Portugal, resultados que remetem o histórico Partido Socialista (PS) para terceira força política na Assembleia da República, o parlamento português.
Assim, na AR, a AD ficará com 91 deputados, Chega com 60, passando a liderança da oposição, e PS com 58 deputados, segundo resultados finais e definitivos divulgados esta noite pela Secretaria-geral do Ministério da Administração Interna. Estes resultados já eram previsíveis.
Esta quinta-feira (29), o chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, vai ouvir o Partido Social-Democrata (PSD), Chega e PS, na segunda ronda de audiências para indigitação do Primeiro-ministro.
Segundo analistas, os resultados da emigração representam um paradoxo, uma vez que os portugueses que procuram melhores condições fora do seu país elegeram um partido que é contra imigrantes em Portugal.
Primeiras reacções do PSD e Chega
José Cesário, cabeça de lista da AD pelo círculo fora da Europa, afirmou que o resultado traduz um sucesso muito grande por parte da Aliança Democrática: “Somos o único partido que aumentou o número de deputados no círculo da emigração.”
Manuel Magno, cabeça de lista do Chega pelo círculo fora da Europa, fala num “resultado fantástico” que o partido alcança.
PS reconhece desaire
O presidente do PS, Carlos César, admitiu esta quarta-feira, dia em que terminou a contagem dos votos dos círculos da emigração, que os socialistas vão ter menos deputados do que o Chega.
César afirmou na rede social Facebook que “o PS deverá passar a ser o terceiro maior partido em número de deputados depois de apurados os votos nas comunidades, na Europa e fora da Europa”.
“A partir do próximo dia 28 de Junho, com uma nova liderança eleita, só pode haver um caminho no PS: unidos, a remar para o mesmo lado e valorizando os melhores para estarem connosco nas eleições autárquicas”, acrescenta o presidente do partido.
A ocupar o lugar de secretário-geral interino, após a demissão de Pedro Nuno Santos, César refere ainda nesta publicação: “Portugal precisa do melhor que sejamos capazes. Teremos tempo, depois, para recfletir e para corrigir percursos e voltar a merecer uma confiança reforçada dos portugueses.”
Agora é tempo de finalizar as listas candidatas às freguesias e aos municípios, explica Carlos César, para sustentar que o PS tem a “obrigação de demonstrar”, na conclusão das candidaturas, que “deve ser um instrumento de participação e de inovação e não um espaço de confinamento e de acomodação”.
É de recordar que nas legislativas antecipadas do dia 18 de Maio, Portugal virou, ainda mais, à direita.
(AIM)
DM