
Secretário de Estado do Mar e Pescas, Momade Juízo e o Presidente da Associação Moçambicana dos Cafeicultores (AMOCAFÉ), Jenaro Lopez, visitam a exposição realizada no evento CAFÉ MOÇAMBIQUE 2025. Foto de Carlos Júnior
Maputo, 12 Jun (AIM) – O sector da agricultura projecta uma produção de cerca de 90 toneladas de café ao longo do ano de 2025, anunciou esta quinta-feira, em Maputo, o Secretário de Estado do Mar e Pescas, Momade Juízo, na abertura da Expo Café Moçambique 2025.
O evento, que decorre sob o lema “Do cultivo à degustação: celebrando os 50 anos da independência de Moçambique”, está inserido nas comemorações do 50º aniversario da independência nacional.
O mesmo tem como principais objectivos promover a cultura do café e valorizar os produtores locais, incentivar o consumo e a comercialização do café nacional, fomentar parcerias ao longo da cadeia de valor, bem como estimular a inovação e a sustentabilidade na produção e comercialização deste produto.
“Como se pode constatar dos dados que partilhamos, é que cerca de 90 toneladas têm sido a produção média que será alcançada neste ano”, afirmou o governante.
Segundo Momade Juízo, a produção de café em Moçambique envolve actualmente mais de 4.000 pequenos produtores, ocupando áreas que variam entre 0,5 e um hectare, abrangendo cerca de 2.200 famílias.
Apontou como principais produtores as províncias de Manica, Sofala, Cabo Delgado e Maputo.
“Como podemos saber, nós estamos com cerca de quatro mil produtores desta cultura [café] e há 2.200 famílias envolvidas na produção do café”, referiu.
A fonte sublinhou que as condições agro-ecológicas de Moçambique favorecem o cultivo de café em todo o território nacional, o que representa uma oportunidade para gerar rendimentos às famílias e promover alternativas sustentáveis que contribuam para a redução da desflorestação.
“A produção de café permite gerar rendimento para as famílias e, simultaneamente, oferece alternativas viáveis e sustentáveis a práticas prejudiciais ao ambiente, como a desmatamento”, explicou.
Além disso, o café moçambicano é já exportado para diversos mercados internacionais, com destaque para a qualidade das variedades cultivadas no país, como o arábica, o robusto e espécies raras como o café racemosa.
“Nós encontramos no café uma alternativa bastante sustentável e como podem ver as nossas variedades são bastante competitivas e estamos virados para o mercado global para promover o potencial no nosso país”, disse.
Garantiu que o Governo continuará a apostar na formação técnica, investigação e atracão de investimentos para o fortalecimento da cadeia produtiva do café.
O presidente da Associação Moçambicana do Café, Genaro Lopes, também destacou o potencial agroecológico do país para a expansão desta cultura.
“Temos um país com tudo para poder produzir bons cafés. Clima, solo, variedades incríveis, como o arábico e robusto, e até as espécies raras, como o café racemosa. Isso não é comum e pode ser o nosso grande diferencial”, afirmou.
Reiterou ainda total disposição da associação em continuar a colaborar com o Governo no desenvolvimento do sector.
(AIM)
SNN/sg