
Maputo, 15 Jun (AIM) – A aeronave da Air India que caiu em Ahmedabad na quinta-feira (12) atingiu um alojamento de uma faculdade de medicina, matando pelo menos cinco pessoas, de acordo com a reitora da instituição, Minakshi Parikh.
O Boeing 787 da companhia aérea indiana caiu momentos após decolar, em área residencial, cerca de 1,5 quilômetros da pista do aeroporto, onde fica o local de moradia e convivência do BJ Medical College.
Segundo Flightradar24, parte do que parece ser a traseira da aeronave atingiu o refeitório, onde estudantes almoçavam. “A maioria dos estudantes escapou, mas 10 ou 12 ficaram presos no incêndio”, disse a reitora.
De acordo com o controle de tráfego aéreo do aeroporto de Ahmedabad, cidade no oeste da Índia, a aeronave partiu da pista 23 e imediatamente emitiu um alerta sinalizando uma emergência, mas depois não houve mais resposta da aeronave.
O Flightradar24 também informou que recebeu o último sinal da aeronave segundos após a decolagem.
O acidente ocorreu quando a aeronave estava a ganhar altitude, de acordo com imagens de uma emissora que mostrou o avião decolando sobre uma área residencial e, depois, desaparecendo da tela antes de uma enorme nuvem de fogo subir acima das casas.
Imagens também mostraram destroços em chamas, uma fumaça preta próxima ao aeroporto e pessoas sendo transportadas em macas e levadas em ambulâncias.
Após o acidente, o aeroporto de Ahmedabad suspendeu temporariamente todas as operações de voo e, horas depois, retomou parcialmente as operações.
O último acidente aéreo fatal na Índia foi em 2020 e envolveu a Air India Express, o braço de baixo custo da companhia aérea. O Boeing-737 da companhia aérea ultrapassou uma pista “table-top” no Aeroporto Internacional de Kozhikode, no sul do país, e o avião derrapou da pista e colidiu com o solo de frente tendo resultado em 20 mortes.
A Air India, anteriormente estatal, foi assumida pelaTata Group em 2022 e fundida com a Vistara, uma joint venture entre o grupo e a Singapore Airlines em 2024.
Ainda sobre as incidências do trágico acidente segundo a Reuters, o Boeing 787-8 Dreamliner, com 242 pessoas a bordo, incluindo 169 indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense, disparou um alerta “Mayday” segundos depois da decolar, indicando situação de perigo iminente.
A chamada foi recebida antes de qualquer outra comunicação, e logo em seguida o avião sumiu dos radares. Esse sinal de emergência é usado em aviação para solicitar auxílio imediato em situações graves, como falha mecânica, fogo a bordo ou outras ameaças críticas.
O alerta de emergência emitido pela tripulação do voo da Air India, que caiu, segue os protocolos internacionais definidos pela OACI (Organização da Aviação Civil Internacional). De acordo com essas diretrizes, ao declarar “mayday”, expressão usada globalmente para indicar perigo iminente, o piloto deve informar o prefixo do voo, sua localização, a natureza da emergência e o tipo de assistência necessária.
No caso do voo AI117, o alerta foi transmitido apenas segundos após a decolagem, pouco antes de a aeronave desaparecer dos radares. Esse breve contacto pode ser crucial para entender os momentos finais antes da queda. A Air India confirmou que as caixas-pretas já foram localizadas e serão analisadas pelas autoridades competentes.
As investigações estão em andamento, mas as autoridades ainda não divulgaram a causa exacta da tragédia, mas o foco inicial das investigações inclui falhas técnicas, operação de decolagem e condições meteorológicas do momento.
(AIM)
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