
Reitor da UEM, Manuel Guilherme Júnior (direita) entrega Insígnias Doutoras ao Filho de Samora Machel, Malenga Machel. Foto de Carlos Júnior
Maputo, 20 Jun (AIM) – A Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a mais antiga instituição do ensino superior em Moçambique, atribuiu esta sexta-feira (20), o Título Honorífico Doutor Honoris Causa ao antigo Presidente da República de Moçambique, Samora Machel.
A distinção deve-se a sua contribuição nas áreas de educação, governação e cidadania, bem como na transformação da educação e afirmação da moçambicanidade.
A vida e obra da figura carismática e emblemática de Samora Machel representa os ideais da unidade, justiça, soberania e progresso. Esse reconhecimento pretende eternizar a sua memória como figura histórica e inspirar gerações, em particular a juventude para continuar a obra inacabada da libertação social e do desenvolvimento humano.
A cerimónia de atribuição do Título Honorífico de Doutor Honoris Causa ao primeiro Presidente da República Popular de Moçambique, Samora Machel, foi dirigida pelo Reitor da UEM, Manuel Guilherme, na cidade de Maputo.
Inserida nas celebrações do 50.º Aniversário da Independência Nacional, a cerimónia constituiu um momento de homenagem ao legado histórico, político e humanista de Samora Machel.
“A UEM pretende reconhecer os feitos na educação, governação e cidadania que alicerçaram os propósitos de Samora Machel na luta pela conquista da independência nacional, reforma da educação, governação e afirmação da nossa identidade como moçambicano”, vincou o Reitor.
Na ocasião, as Insígnias Doutorais de Samora Machel foram recebidas pelo seu filho, Malengane Machel.
Como representante do laureado, Luís Bernardo Honwana, sublinhou que o reconhecimento era já longamente devido. “Na realidade, este Doutoramento Honoris Causa, pela UEM, é evidente por si própria, não precisa de fundamentação.
Honwana partilhou o seu testemunho sobre a importância que Samora Machel dava à educação, sobretudo no seio das comunidades.
“Naquelas comunidades acreditava-se no poder transformador da escola, que ia para além daqueles aspectos óbvios, como a aquisição de habilidades, que permitem ascender a uma situação profissional mais elevada, mas uma base para o povo tomar o poder e, de as comunidades se libertarem de alguns aspectos considerados negativos na nossa tradição”, acrescentou.
Refira-se que a proposta de atribuição do Título Honorífico foi apresentada pelas Faculdades de Educação, de Letras e Ciências Sociais e pelo Centro de Estudos Africanos, pelo reconhecimento da sua influência notável e permanente no pensamento académico.
“Samora foi mais do que um presidente, foi um educador, um pensador, estratega e visionário panafricanista. As suas contribuições transcendem o tempo e o espaço, mantendo a relevância viva nos desafios contemporâneos do país e da região”, afirmou o director da Faculdade de Educação da UEM, Xavier Muianga.
(AIM)
NL/sg