
Secretária Executiva do Secretariado Técnico e Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN), Judite Mussacula Faria
Maputo, 20 Jun (AIM) – O governo moçambicano anunciou hoje (20), em Maputo, que a implementação da Política da Estratégia de Segurança Alimentar Nutricional (PESAN III) 2024 – 2030 custará 535.220.726.423 meticais (cerca de 8,39 mil milhões de dólares).
Segundo a Secretária Executiva do Secretariado Técnico e Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN), Judite Mussacula Faria, a PESAN III 2024-2030 é um marco estratégico que visa integrar esforços multisectoriais para garantir a segurança alimentar nutricional em todo país.
“Para a sua elaboração foi preciso um processo participativo que envolveu a consulta ao nível nacional provincial, distrital. Por isso, este documento reflecte o compromisso de vários sectores, instituições do governo a todos níveis, sociedade civil, sector privado, académicos, agências das Nações Unidas”, disse.
Do montante global necessário para implementação da estratégia de segurança alimentar, consta 16.303.091.621MT para o sector da saúde e nutrição; 19.572.000.000 MT, para a terra, ambiente e desenvolvimento rural; 930.091.450, 00MT; 20.500.000.000 MT para o sector da educação e desenvolvimento.
Do montante global cerca 42.447.725 MT, serão direccionados à indústria e comércio. Enquanto isso, cabe ao sector de género, criança e acção social a cifra de 2.212.324.233 MT.
Já ao sector de pescas e aquacultura será direccionado um montante no valor de 1.327.184.000 MT, obras públicas 485.580.218.444 MT
Para área da juventude e desporto caberá 115.462.400 MT, enquanto no sector de coordenação será direccionado um montante no valor de 1.300.000.000 MT, perfazendo o montante global de 535.230.726.423 MT.
Recordou que a politica da estratégia de segurança alimentar e nutricional foi aprovada pelo Conselho de Ministros a 13 de Agosto de 2024, após consulta documental, instituições, sessão do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, entre outros.
Sublinhou que a estratégia de segurança alimentar visa reduzir as perdas pós colheita, insegurança alimentar crónica, prevalência da desnutrição crónica nas crianças, bem como reduzir a anemia em mulheres em idade reprodutiva e evitar o aumento de sobre peso nas crianças.
Faria explicou que quanto a expansão do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, já foram oficializados 134 conselhos a nível dos distritos, faltando cerca de 30 distritos.
“Em todos os sectores nós temos pontos focais. São eles que ao nível do devem a ajudar.
O executivo moçambicano quer reduzir a desnutrição crónica nas crianças até menos de 30 por cento até 2030, as perdas com às colheitas para menos de 10 por cento bem como reduzir a anemia em mulheres em idade produtiva.
Por outro lado, referiu que 52 por cento das mulheres grávidas sofrem de anemia.
Participaram no evento o ministro da Agricultura, Ambiente e Pescas, parceiros de Cooperação, agências das Nações Unidas, e outros convidados.
(AIM)
MR/sg