
Primeira-ministra, Benvinda Levi e os dirigentes recém-empossados
Maputo, 02 Jul (AIM) – A Primeira-ministra moçambicana, Benvinda Levi, recomenda ao recém-empossado Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Autoridade Nacional de Educação (ANEP) a desenvolver acções que encorajem e estimulem a participação do sector empresarial na educação e formação profissional, sobretudo no que concerne a promoção de estágios curriculares e pré-profissionais dos formandos.
Falando hoje em Maputo, durante a cerimónia de tomada de posse de Samuel Samo Gudo, como PCA da ANEP, Benvinda Levi instruiu para assegurar que o subsistema nacional de educação profissional seja integrado, coerente, flexível e que responda as exigências actuais do mercado de trabalho.
“Na nossa visão, o subsistema de educação profissional tem que ser capaz de formar uma força de trabalho moçambicana tecnicamente qualificada, dotada de cultura de trabalho e espírito empreendedor”, disse.
Benvinda Levi fez questão de frisar que a acção governativa estabelece como uma das prioridades, assegurar uma educação profissional, técnica e vocacional de qualidade, assente em padrões de competência e que responda às necessidades, especificidades e exigências do mercado de trabalho.
Na mesma cerimónia, a Primeira-ministra empossou os directores-gerais dos Institutos Nacionais, de Desenvolvimento da Educação (INDE) Lurdes Matavele Nakala; de Educação à Distância (INED) Sérgio Cossa; das Indústrias Culturais e Criativas (INICC) Roberto Dove; e do Fundo Nacional de Investigação (FNI) Florêncio Maulano.
Dirigindo-se a Lurdes Matavele, recomendou para que prossiga com os esforços visando aprimorar os mecanismos de definição dos princípios orientadores da planificação curricular de todo Sistema Nacional de Educação.
A nova directora-geral do INDE deve, igualmente, promover estudos e pesquisas para a melhoria na elaboração dos currículos e produção de material educativo dos vários subsistemas, assim como na formação contínua dos professores.
“Para o efeito”, prosseguiu a Primeira-ministra, “deverá contar com a colaboração de todos os integrantes da sua equipa de trabalho”.
Já ao director-geral do INED, Benvinda Levi exige que desenvolva acções que permitam garantir o contínuo funcionamento da rede nacional de centros de educação à distância e a harmonização entre a inovação tecnológica e os princípios pedagógicos.
Assegurar o contínuo funcionamento vai, segundo a governante, fortalecer “os mecanismos de garantia da qualidade, de um sistema educativo mais inclusivo, resiliente e orientado para os desafios contemporâneos”.
Para Maulano, Benvinda Levi recomenda uma gestão transparente dos fundos, selecção criteriosa dos projectos a financiar, incentivo à publicação e difusão dos resultados das pesquisas e investigações.
Maulano deve ser capaz de fortalecer as redes de cooperação científica nacional e internacional.
“Recomendamos ainda”, disse a Primeira-ministra, “que continue a privilegiar o estabelecimento de parcerias públicas e privadas que contribuam para o incremento, cada vez mais, da capacidade desta instituição em intervir e responder à demanda da comunidade académica e científica nacional”.
Por fim, Dove, de acordo com Benvinda Levi, deve continuar a implementar acções que concorram para o fomento de programas e projectos culturais, promover o empreendedorismo criativo e mapeamento do potencial artístico-cultural do país.
“Recomendamos ao empossado para que privilegie o diálogo com os sectores criativos e apostar, cada vez mais, na coordenação estratégica com outras entidades públicas e privadas”, afirmou.
Num breve contacto com a imprensa, Samo Gudo assegurou estar em prontidão para buscar uma solução mais rápida para colocar a ANEP no rol das suas responsabilidades.
“Teremos de fazer todo o trabalho em conjunto, com o Conselho de Administração, no sentido de todos os assuntos pendentes que lá encontrar, resolvermos o mais rapidamente possível”, disse, afirmando que a responsabilidade é compartilhada com outras instituições envolvidas, do Estado, e privados.
Para Lurdes Matavele, das recomendações deixadas pela Primeira-ministra, a primeira acção a executar é “pegar a legislação já existente, há instrumentos de trabalho, temos a Estratégia Nacional de Desenvolvimento 2025-2044, vamos olhar para aquilo que está no PQG (Programa Quinquenal do Governo 2025-2029) vamos olhar acima de tudo para aquilo que está na Estratégia de Educação à distância 2023-2032”.
(AIM)
Ac/sg