
Presidente moçambicano, Daniel Chapo, fala em declarações a imprensa, em Sevilha, Espanha
Maputo, 02 Jul (AIM) – O Presidente da República, Daniel Chapo, concluiu esta quarta-feira (02) a sua participação na IV Conferência Internacional das Nações Unidas sobre o Financiamento e o Desenvolvimento (FFD4), durante a qual Moçambique teve a oportunidade expor o seu enorme potencial para investimento estrangeiro.
O evento teve lugar em Sevilha, no Reino da Espanha, e contou com a presença de vários Chefes de Estado e de Governo do mundo inteiro e trouxe muitos ganhos para Moçambique.
Falando em declarações à imprensa, que marcou o fim da sua participação na referida conferência, Chapo disse que foi uma excelente oportunidade para mobilizar financiamentos para diversos sectores do desenvolvimento nacional, com prioridade para recursos minerais e energia.
A mobilização, que tem como objectivo fundamental criar melhores condições de vida para o povo moçambicano, foi fruto de encontros bilaterais mantidos pelo chefe do Estado durante o evento.
“Mobilizamos investimentos privados para o país, vamos continuar a trabalhar para a sua materialização, como sabem, nós temos uma localização estratégica como país. Temos portos, corredores de desenvolvimento. Precisamos trabalhar para continuarmos a fazer, sobretudo, as paragens únicas nas nossas fronteiras”, disse Chapo.
A área energética é a que esteve no centro das atenções, tendo em conta os objectivos a médio e longo prazo definidos pelo Estado moçambicano.
Potenciar a produção de energia e robustecer a sua posição na região são alguns dos intentos de Moçambique nos projectos em carteira.
“Queremos ser uma referência no fornecimento de energia na região da SADC e temos projectos concretos que achamos como a segunda fase da HCB. A questão também é relacionada com o projecto Mphanda Nkuwa e tantos outros projectos energéticos”, avançou.
A Conferência de Sevilha permitiu ainda promover Moçambique como destino de investimento nos sectores de energia e recursos minerais.
O Presidente da República também destacou projectos a central de Temane e as centrais solares de Mocuba e Metoro, bem como o papel do país como fornecedor regional de energia.
“Moçambique tem, portanto, a Bacia do Zambeze para fazer hidroeléctricas. Moçambique tem o gás para construir mais centrais eléctricas. Neste momento estamos a construir uma central térmica de 450 Megawatts em Inhambane, mais concretamente em Temane, a linha de transporte já foi concluída para Maputo e para exportarmos para a África do Sul”, referiu.
O chefe do Estado disse que a presença de Moçambique nesta conferência abriu também portas para a vinda ao país de investimentos que irão melhorar as condições de vida dos moçambicanos.
“Foram mantidos importantes encontros bilaterais com outras delegações e instituições financeiras, sobretudo internacionais que, sem margem de dúvidas, com o nosso acompanhamento e o nosso seguimento das matrizes que vamos produzir e dos relatórios que os colegas vão produzir, de certeza absoluta que nós, a curto, médio ou longo prazo, teremos resultados tangíveis e que vão, sem margem de dúvidas, produzir aquilo que nós pretendemos na nossa economia”, antecipou.
(AIM)
Fernanda da Gama (FG)/sg