
Bloco Operatório Central- sala de cirurgia. Foto de Carlos Júnior
Maputo, 03 Jul (AIM) – Pelo menos 13 de um grupo de 24 mulheres identificadas com fístulas obstétricas foram operadas de Janeiro a esta parte na província central de Tete, em Moçambique.
Segundo o chefe do Departamento de Saúde Pública, no Serviço Provincial de Saúde em Tete, Hélder Dombole, o número corresponde a uma evolução, comparativamente a 2024 quando o sector conseguiu operar apenas 10.
Dombole explicou à Rádio Moçambique, emissora nacional, que as operações no âmbito da correcção da fístula obstétrica têm sido um sucesso e, neste momento, estão disponíveis nos hospitais provincial de Tete e rurais do Songo, em Cahora Bassa e Mutarara, e distritais de Angónia e Zumbo.
“Nós temos feito palestras de sensibilização ao nível das comunidades para identificar estas mulheres e encaminhar à Unidade Sanitária mais próxima para que possam ser registadas e, logo que possível, serem operadas para resolvermos o problema da fístula”, disse.
“Nós, como sector de saúde, para este ano não prevemos nenhuma campanha oficialmente até então, mas as Unidades Sanitárias que eu me referi operam a fístula obstétrica todos os dias, bastando existir a mulher”, acrescentou.
Hélder Dombole deixou ficar um apelo à sociedade no âmbito da correcção das fístulas obstétricas.
“Queremos deixar um grande apelo para todos que nos ouvem, se conhecer alguém ou se é alguém que vive com a fístula obstétrica, dirija-se já à Unidade Sanitária mais próxima, que é para se beneficiar do tratamento de correcção da fístula, onde será submetida a uma cirurgia dentro das nossas Unidades Sanitárias e voltará à sua comunidade livre da fístula obstétrica”, apelou.
Vincou que, “urge conscientizar a sociedade que a fístula é uma condição médica que é operada na rotina, então, às vezes, falta esta informação, as mulheres ficam escondidas lá na comunidade porque não sabem que podem ser tratadas de forma imediata”.
Sabe-se que ao nível da província de Tete, os casos de fístulas obstétricas têm surgido maioritariamente em adolescentes e jovens, durante as complicações de parto, pelo facto de conceber, em idade precoce.
(AIM)
FG/sg