Presidente da República, Daniel Chapo com o fundador da Comunidade de Sant´Egidio, o Professor Andrea Riccardi
Maputo, 17 Jul (AIM) – O Presidente da República, Daniel Chapo, enalteceu o papel da Comunidade de Sant´Egidio, na promoção da paz, mediação de conflitos e apoio humanitário, particularmente em contextos de vulnerabilidade social.
Chapo manifestou o seu apreço durante a audiência que concedeu ao fundador da Comunidade de Sant´Egidio, o Professor Andrea Riccardi, acto que teve lugar hoje (17) em Maputo.
Um comunicado de imprensa da Presidência enviado hoje à AIM refere que o Chefe do Estado “enalteceu o contributo histórico da Comunidade de Sant‟Egidio para a consolidação da paz em Moçambique”.
Recorda o papel determinante da Comunidade na mediação do processo do alcance da paz no país, que resultou na assinatura do Acordo Geral de Paz, em Outubro de 1992, em Roma.
Assinado entre o governo e a Renamo, actual segundo partido da oposição, o Acordo pôs termo à guerra de desestabilização movida pela Renamo, que durou 16 anos.
O estadista moçambicano reitera o compromisso do país em continuar a promover uma cultura de paz, reconciliação e inclusão social, sublinhando a importância de parcerias com organizações comprometidas com valores humanos universais.
Por seu turno, num breve contacto estabelecido com a imprensa, minutos após a audiência, Riccardi vincou a disponibilidade da Comunidade em continuar a apoiar iniciativas sociais em Moçambique, sublinhando para a assistência à população carenciada, promoção da saúde, inclusão dos idosos e acesso à educação.
“Com o senhor Presidente da República, falamos de problemas sobre o futuro de Moçambique, em particular, o problema dos jovens; o problema da escolarização, do trabalho e do futuro dos jovens porque, como todos sabem, Moçambique é um país jovem e há uma grande pergunta de futuro da parte dos jovens”, disse.
Segundo Riccardi, há muitos pedidos feitos para acomodar o futuro dos jovens, e Moçambique não é excepção, reconhecendo as transformações, social e política no país.
“Esta transformação tem que se tornar também social e espiritual”, afirmou.
Apesar das dificuldades, há 50 anos de crescimento em que as instituições se consolidaram, a economia desenvolveu. “Resta o grande problema de uma distribuição mais equacionada dos recursos”, disse.
A audiência reafirmou Moçambique como exemplo de convivência pacífica e diálogo inter-religioso, sendo saudada como uma referência positiva no continente africano.
A Comunidade de Sant”Egidio está presente em Moçambique há mais de quatro décadas, com iniciativas em diversas províncias, destacando-se os programas “Bravo!” de registo civil gratuito, combate ao HIV/SIDA, apoio às populações deslocadas e promoção da dignidade humana.
(AIM)
Ac/sg
