Presidente da República e Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança, Daniel Chapo
Maputo, 17 Jul (AIM) – O Presidente da República e Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança, Daniel Chapo, afirmou hoje (16), em Maputo, que a segurança nacional não se delega e deve ser encarada como uma responsabilidade colectiva, que exige o envolvimento activo de todos os moçambicanos, muito além da acção militar.
“A defesa nacional não se delega, porque exige uma abordagem integrada e é responsabilidade de todos os moçambicanos”, declarou o Chefe de Estado, durante a Aula Inaugural do 1.º Curso de Defesa Nacional, no Instituto Superior de Estudos de Defesa “Tenente-General Armando Emílio Guebuza” (ISEDEF).
Na ocasião, o Presidente sublinhou que a protecção do país exige abordagens coordenadas que envolvam a inteligência, diplomacia, economia, meio ambiente, ciência, tecnologia e preparação civil, destacando que a força militar, por si só, já não responde às ameaças actuais.
“O nosso objectivo, mais do que uma aula tradicional, é provocar reflexão. Queremos incitar debates que ajudem a consolidar uma visão estratégica nacional para a defesa do nosso Estado”, afirmou, frisando que Moçambique enfrenta ameaças complexas a nível global, regional e interno.
Entre os principais desafios, Chapo apontou a instabilidade internacional, os conflitos armados em diversas regiões, o terrorismo em Cabo Delgado, tráfico de pessoas e de drogas, branqueamento de capitais, raptos, crimes transnacionais e manifestações violentas recentes no território nacional.
Perante este cenário, o estadista exortou os cursantes a reflectirem sobre o papel de Moçambique na segurança internacional, o aprimoramento das Forças de Defesa e Segurança (FDS) e o contributo que cada quadro poderá oferecer para garantir a soberania e o interesse nacional.
O Presidente defendeu o reforço das FDS com base em treino de excelência, logística eficiente, equipamento adequado e formação científica.
“Precisamos de construir um poder militar forte, credível e perceptível por todos”, declarou.
Para o chefe do governo, o curso representa um passo importante para a massificação da cultura de Estado, sendo fundamental envolver quadros civis de vários sectores de governação.
“Todos precisamos de compreender o que é o interesse nacional, o que é um Estado, a soberania, a independência e a integridade territorial”, disse.
O Presidente encorajou o ISEDEF a manter o modelo pedagógico centrado na participação activa, promovendo debates entre docentes e discentes, mas sublinhou que, fora da sala de aulas, a hierarquia e a disciplina devem ser rigorosamente respeitadas.
Chapo concluiu o seu discurso com uma homenagem aos membros das Forças de Defesa e Segurança, sobretudo os que operam no Teatro Operacional Norte, pela bravura com que, sob condições adversas, garantem a defesa do país.
(AIM)
SNN
